Se tem como apostar numa matéria que é 100% certeza que cairá na prova, eu diria que é essa! CESPE sempre cobra!
6. Geometria Solar
6.1 Radiação solar: um dos mais importantes contribuintes para o ganho térmico em edifícios. O calor por radiação pode ser dividido em 5 partes principais: radiação solar direta, radiação solar difusa, radiação solar refletida pelo solo e pelo entorno, radiação térmica emitida pelo solo aquecido e pelo céu e radiação térmica emitida pelo edifício.
A radiação solar de onda curta que entra por uma abertura no edifício incide nos corpos, que se aquecem e emitem radiação de onda longa. O vidro, sendo praticamente opaco à radiação de onda longa, não permite que o calor encontre passagem para o exterior, superaquecendo o ambiente interno. Este fenômeno é conhecido como efeito estufa e é o maior transformador da radiação solar em calor no interior de uma edificação.
a. Radiação solar direta: é um fator que influencia na temperatura do ar, nas diferentes estações do ano. A resolução adequada da cobertura, do ponto de vista térmico, é fundamental não só para o conforto térmico, mas também para a minimização do consumo de energia.
Para diminuir o grau da radiação solar é preciso seguir exemplos como os que ocorrem na arquitetura vernácula. Conforme figura.
Clima quente e quente úmido: Uma boa solução, então seria reduzir ao mínimo a exposição solar da cobertura, diminuindo, proporcionalmente a transmissão de calor do exterior para o interior.
6.2 Movimentos da Terra
- Rotação: rotação ao redor de um eixo N-S que origina o dia e a noite.
- Translação ao redor do Sol: determina as 4 estações do ano
6.3 Azimute e Altura Solar: determinam a localização do sol na abóboda celeste.
- Azimute (A) é o ângulo que a projeção do sol faz com a direção Norte
- Altura solar (H): é o ângulo que o sol faz com o plano horizontal
6.4 Orientação Solar
- De maneira geral, para quem vive no hemisfério sul (ao sul da linha do equador), caso de quase todo o Brasil, pode-se dizer que a orientação norte (quando as janelas são voltadas para o norte) é a que atende de maneira mais satisfatória as principais demandas da maioria dos usuários, a saber: um nível mínimo de insolação diária, Sol quando se precisa de calor (inverno), e sombra quando não se quer calor (verão).
- No inverno, as fachadas voltadas para o norte recebem insolação quase que o dia todo, pois o Sol forma um ângulo pequeno em relação à superfície da Terra em seu percurso. No verão, como o ângulo que o Sol forma com a superfície da Terra em seu percurso é bem maior, a tendência é a de que passe sobre as coberturas do edifícios. Desta forma, um pequeno beiral nas coberturas sobre as fachadas voltadas para o norte já proporcionaria sombra.
- As orientações leste e oeste têm características similares em termos de insolação, embora em momentos diferentes do dia. As fachadas voltadas para o leste recebem Sol pela manhã. Nas fachadas voltadas para o oeste ocorre o contrário, recebem Sol pela tarde. Em geral, ambientes voltados para o oeste tendem a ser mais quentes do que os voltados para leste, apesar de receberem o mesmo número de horas de Sol, porque recebem Sol no período do dia em que a inércia térmica proveniente da noite anterior já foi vencida.
- Solstício:
a. De inverno: se o ponto geográfico do observador situar-se em hemisfério oposto ao sol.
b. De verão: se o ponto geográfico do observador situar-se no mesmo hemisfério do sol.
6.5 Diagrama Solar
a. Zênite: interseção da vertical superior do lugar com a esfera celeste.
b. Nadir: interseção inferior da vertical do lugar com a esfera celeste. Ponto diretamente oposto ao zênite.
6.6 Máscara de sombra: máscara de sombra representa graficamente, nos diagramas solares, obstáculos que impedem a visão da abóbada celeste por parte de um observador.
6.7 Proteção solar
6.7.1 Traçado de máscara: ferramenta utilizada no projeto de proteções solares.
6.7.2 Brise Soleil: adaptação para o clima quente das ideias de Le Corbusier, que enaltecia a abertura dos edifícios para o exterior, proporcionando-lhes a penetração do ar, da luz e da natureza.
- São uteis principalmente no inverno, quando o sol está baixo no horizonte, penetrando profundamente nas dependências. No verão o sol passa no zênite, tornando-se incômodo apenas no final da tarde.
- O brise-soleil fixo não exige cuidados especiais, pode ser parte integrante da estrutura e portanto é mais econômico.
- É totalmente dispensável na face SUL, parcialmente dispensável na face LESTE e indispensável na NORTE durante o inverno e na OESTE em qualquer estação.
a. Brise horizontal: impede a entrada de raios solares através da abertura a partir do ângulo de altitude solar. Indicados para face norte, com o sol próximo a vertical (sol alto).
b. Brise vertical: impede a entrada de raios solares através da abertura a partir do ângulo de azimute solar. Indicado para fachadas oeste.
c. Brise misto: combina brise horizontal e vertical.
d. Brise móvel: é teoricamente a melhor solução para fachada OESTE, porém com a falta de manutenção transforma-se em inconveniente. É também indicado para fachadas NORTE e NORDESTE.
6.7.3 Cobogó: Indicado para fachada Norte.
6.7.4 Prateleiras de luz: é aconselhável principalmente para a orientação norte, pois permite sombrear completamente a abertura enquanto favorece a entrada de luz para o interior.
3 respostas em “Conforto térmico – parte 3”
Ola! Gostaria de saber qual brise seria o mais indicado para orientação oeste 60 graus, Obrigado
Brises fixos
Os Brises fixos servem para os ângulos de 60