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A Carta de Atenas e a Nova Carta de Atenas

O documento conhecido como Carta de Atenas foi redigido no IV CIAM que aconteceu em Atenas no ano de 1933. – Os CIAMs – Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna foram realizados até a Segunda Guerra e após 1945 não tiveram grande relevância. Foram no total 10 congressos que abordaram temas de complexidade crescente, iniciando com […]

O documento conhecido como Carta de Atenas foi redigido no IV CIAM que aconteceu em Atenas no ano de 1933.

– Os CIAMs – Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna foram realizados até a Segunda Guerra e após 1945 não tiveram grande relevância. Foram no total 10 congressos que abordaram temas de complexidade crescente, iniciando com as condições mínimas de alojamento até culminarem na cidade funcional.

A Carta de Atenas é um apanhado geral das teorias do Urbanismo Racionalista ou Funcionalista. É possível identificar na redação traços do socialismo utópico da Bauhaus, de Ebenezer Howard, Tony Garnier, etc.

É quase unânime entre os críticos o fato de que, na verdade, a Carta não trazia nenhuma novidade. Países como os EUA, Alemanha, Suécia, Rússia, Holanda e França já aplicavam os preceitos da Carta há vários anos. A inovação ficou mesmo por conta da abordagem às questões de Patrimônio Histórico

O documento final foi redigido por Le Corbusier. O tema do congresso de 1933 foi “Cidade Funcional” e havia uma intenção de renovação de função e de estética para os espaços em geral.

O contexto social era o enfrentamento da destruição reflexo do pós guerra, com destaque para o grande déficit habitacional. Os temas mais relevantes do debate foram:

  • propriedade privada cumprindo seu papel social, submetida ao interesse coletivo
  • planejamento regional e intra-urbano
  • zoneamento definido a partir das funções
  • tamanho e densidade das cidades, verticalização das construções localizadas em áreas verdes
  • erradicação da rua-corredor 
  • racionalização, industrialização da construção por meio da padronização de elementos e componentesUma marca importante da carta é a prevalência dos meios de transporte individuais em detrimento dos coletivos.

As discussões culminaram na famosa teoria de organização espacial obedecendo as distintas atividades humanas básicas: trabalhar – habitar – cultivar o corpo e o espírito – circular. Acreditava-se firmemente que as decisões tomadas na prancheta poderiam guiar as cidades e até mesmo a vida dos indivíduos de maneira direta e completa.

Uma marca importante da carta é a prevalência dos meios de transporte individuais em detrimento dos coletivos.

Nova carta de Atenas

Em 1998 foi redigido um documento intitulado A Nova Carta de Atenas, e em 2003 houve mais uma atualização. De autoria do Conselho Europeu de Urbanistas, CEU, a Nova Carta coloca os cidadãos em posição central das tomadas de decisões em relação às cidades; os urbanistas passam a orquestrar o desenvolvimento em parceria com profissionais de múltiplas áreas.

O novo documento aborda:

  • Transformação rápida das cidades e o emprego da tecnologia para auxiliar o planejamento.
  • Planejamento estratégico e desenvolvimento sustentável ganham destaque.
  • Redes urbanas, cidades policêntricas.
  • Importância do transporte coletivo.
  • Preservação e destaque dos valores culturais.
  • Envelhecimento da população, acessibilidade, necessidade de infraestrutura.
  • Equilíbrio ambiental.
  • Redução das desigualdades sociais.

Este Resumo é bom principalmente para provas do CESPE.

Bons Estudos!

 

Por Carolina Pepitone

Apaixonada por inovação e tendências, Carolina Pepitone é mestre em arquitetura e urbanismo pela UnB, professora de design de interiores e com mais de 15 anos de experiência em projeto

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