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Sistemas prediais: Água quente – parte 2

Continuando…

3. Os sistemas de distribuição de água quente

  • Classificam-se em:

a. Ascendente sem circulação: economiza-se encanamento, porém há o inconveniente de se ter que esperar algum tempo até começar a sair a água quente (e joga-se água fria fora), pois, apesar do isolamento térmico que deve haver na tubulação, a água esfria ao fim de algum tempo.

b. Ascendente com circulação por termossifão (com retorno) há circulação de água quente por efeito de termossifão simples. Gastam-se mais tubulações, mas, abrindo-se uma torneira ou registro, a água quente sai imediatamente. O efeito termossifão é obtido pelo fato de a água quente ser mais leve do que a fria.

c. Descendente com bombeamento (circulação mecânica forçada): Quando a circulação por convecção for insuficiente para alcançar o nível de temperatura desejado é necessário utilizar uma bomba circulação.

Nesse processo a circulação de água entre os coletores e o reservatório térmico é forçada por um conjunto de moto-bomba centrífuga, podendo assim o reservatório térmico situar-se em nível inferior ao dos coletores. Deve-se instalar um válvula de retenção no recalque da bomba para evitar a inversão do fluxo pôr termo sifão durante a noite.

bomba termossifao

 

d. Misto.

3.1 Acabamentos: a tubulação de água quente pode ser:

a. Cobre: custo elevado de aquisição e execução; vida útil longa; limite de temperatura acima do mínimo exigido; alta condutividade térmica (necessidade de bom isolamento térmico); juntas soldadas de estanho e chumbo, o que exige mão-de-obra especializada.

b. Ferro: custo elevado, menor que o cobre; vida curta devido a incrustações e corrosão; limite de temperatura acima do exigido; alta condutividade térmica, exigindo bom isolamento térmico.

c. CPVC: policloreto de vinila clorado é um termoplástico semelhante ao PVC, com maior % de cloro; menor custo; vida útil longa; baixo coeficiente de dilatação; baixa condutividade térmica, dispensa isolamento térmico; juntas soldáveis exigindo mão-de-obra treinada. Sua limitação é o limite da temperatura, de 80°C, exigindo a instalação de uma termoválvula.

d. Polipropileno: instalação fácil e conexões e emendas soldadas por termofusão. Flexível, ausência de fissuras por fadiga; vida útil longa; boa resistência a temperatura (a mais usada pelas construtoras)

4. Isolamento térmico

  • A tubulação de água quente deve ser totalmente isolada contra perda de calor. Os isolantes mais conhecidos são:

a. Calhas de isopor, lã de vidro e cortiça

b. Polietileno expandido

c. Massa de amianto e cal

d. Argamassa de areia, cal e vermiculite

OBS:

  • Na tubulação embutida nunca usar cimento para que a tubulação fique livre para as dilatações térmicas.
  • Nas tubulações não embutidas usar meia-cana para envolver o cano.
  • Nas tubulações expostas as intempéries usar sobre o isolamento térmico uma lâmina de alumínio para impedir a entrada de água.
  • Nas tubulações em canaleta sujeitas a umidade proteger o isolante com camada impermeabilizante.
  • Dilatação: deve-se evitar a aderência da tubulação com a estrutura, em trechos muito longos deve-se usar juntas de dilatação especiais.

 

5. Sistema PEX

É um sistema predial de instalações hidráulicas composto por tubos flexíveis que pode ser utilizado tanto para água fria quanto para água quente com conceito semelhante às nossas instalações elétricas.

Funcionamento: em uma instalação elétrica os condutores (fiação) partem de um quadro de distribuição de luz e força (QDLF) dentro de eletrodutos até os pontos de consumo (tomadas, pontos de luz, etc.). Em uma futura manutenção, os condutores podem ser substituidos sem que se quebre uma parede. O sistema PEX é muito parecido. O sistema é composto por dois tubos flexíveis. O tubo flexível PEX de polietileno reticulado, responsável por conduzir a água é introduzido em um tubo condutor de polietileno de baixa densidade que serve de guia.

A distribuição de água dentro de um ambiente é feita a partir de um distribuidor também chamado de manifold que pode ser comparado a um pequeno barrilete. Em uma futura manutenção é só substituir o tubo PEX do ponto do manifold até o ponto de consumo sem quebrar a parede.

 

 

Vantagens do Sistema

  • a manutenção poderá ser efetuada sem necessidade de quebrar uma parede. Fecha-se o registro geral do manifold e troca-se o tubo flexível interno.
  • A perda de carga entre o distribuidor (manifold) até os pontos de consumo é pequena, pois o coeficiente de rugosidade do PEX é baixa e o traçado da tubulação é feito com curvas de raio longo, favorecendo o fluxo da água, evitando assim as perdas de carga normais nos outros sistemas.
  • A garantia é de 15 anos no produto.
  • O PEX é higiênico, não tóxico e livre de crescimento de microorganismos, evitando assim a contaminação da água.

Desvantagens

O preço do sistema ainda é alto.

Vale a pena saber as informações destas tabelas:

tabela 3

tabela 4

Bons estudos!!!

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Sistemas prediais: Água quente – parte 1

Fonte: Sistemas Prediais de Água Quente – USP; Suzuqui.arq.br, notas de aula

Sistemas Prediais de Suprimento de Água Quente

  1. Classificação: Os sistemas prediais de água quente classificam-se em:

a. Individual: consiste na alimentação de um único ponto de utilização, sem necessidade de uma rede de água quente. Ex:

  • Chuveiros Elétricos
  • Centralizados: Aquecedores de Passagem e Aquecedores de Acumulação

b. Central privado: um só equipamento é responsável pelo aquecimento de água que será distribuída em pontos de consumo que pertencem a uma mesma unidade.

central privado
fonte: suzuqui.arq.br

 

c. Central coletivo: um só equipamento aquece a água que será distribuída a mais de uma unidade

central coletivo
fonte: suzuqui.arq.br

 

2. Segundo o princípio de funcionamento os sistemas podem ser de:

2.1 Elétrico

a. Passagem – a água é aquecida de forma instantânea para consumo imediato. São pouco eficientes e tem alto consumo de energia elétrica. Ex: chuveiros elétricos comuns, torneiras elétricas de lavatórios e de pias de cozinha.

chuveiro eletrico
fonte: suzuqui.arq.br

b. Acumulação – a água aquecida é armazenada para consumo imediato ou para um consumo posterior. Exemplo:

  • boilers elétricos: cilindros que podem ser horizontais ou verticais com uma ou mais resistências elétricas que fazem o aquecimento da água. Os cilindros possuem um revestimento térmico para evitar a perda de calor e um termostato mantém a temperatura automaticamente dentro dos limites estabelecidos. Eles podem ser instalados em qualquer local. É de fácil instalação, porém a eletricidade não é uma forma de energia eficiente para aquecer água. O custo de operação é alto devido ao preço da energia elétrica. Além disso eles podem ser de baixa pressão (quando instalado sobre os pontos de consumo) ou de pressão (que funcionam até uma pressão de 6 atm e permitem que sejam instalados abaixo dos pontos de consumo).

 

boiler
fonte: suzuqui.arq.br

Boilers e esquema de aquecedor elétrico de acumulação da cumulus (www.cumulus.com.br)

2.2 Aquecedores a gás:

  • Passagem: a água é aquecida ao passar por dentro do equipamento. A água percorre um tubo em forma de espiral que sofre o aquecimento de uma chama central resultado da queima de gás combustível (Gás liquefeito de petróleo – GLP ou gás natural – GN)
aquecedor a gás
fonte: suzuqui.arq.br
aquecedor komeco
fonte: suzuqui.arq.br

Detalhe de funcionamento de um aquecedor de passagem da Komeco

É compacto se comparado aos modelos de acumulação elétrico, porém não pode ser instalado em locais fechados (com exceção dos modelos de fluxo balanceado que são herméticos). Exige no mínimo o ponto de saída para os gases resultantes da queima e uma área bem ventilada, pois para haver queima, além do gás é necessário oxigênio. Em edificações antigas é comum encontrar o aquecedor de passagem dentro dos banheiros, o que hoje é proibido.

A perda de carga no aparelho também é muito grande devido ao próprio traçado em espiral da tubulação.

Os equipamentos atuais são bem seguros e a grande maioria não possui mais chama piloto. Ao abrir o registro do chuveiro, o equipamento detecta a vazão da água e liga o equipamento automaticamente. Caso a chama se apague o equipamento fecha automaticamente o fluxo de gás.

  • Acumulação: Similar ao boiler elétrico, porém o aquecimento da água é feito através da chama resultante da queima de gás combustível (GLP ou GN) em um tubo no centro do cilindro. Ocupa bastante espaço e o cilindro é vertical e deve ser instalado em local bem ventilado e com a exaustão dos gases feita de forma adequada.

 

aquecedor
fonte: suzuqui.arq.br

OBS: Em instalações prediais de água quente, onde o aquecimento é feito por aquecedor alimentado por tubulação que se liga ao reservatório, independentemente das tubulações da rede predial de distribuição, a tomada de água da tubulação que alimenta o aquecedor deve se posicionar em nível acima das tomadas de água fria, como meio de evitar o risco de queimaduras na eventualidade de falha no abastecimento.

2.3 Aquecedores Solares:

A melhor opção para residências. Mesmo que não se tenha sol durante alguns dias, o boiler garante o aquecimento da água por meio de uma resistência elétrica. Merece cuidado na instalação em locais muito frios devido ao congelamento das placas e das tubulações.

solar

Na forma tradicional de instalação, o boiler deve se situar entre o reservatório e as placas de aquecimento. O princípio utilizado é o do termosifão.

solar 2

A água sai do boiler (tubo azul) e entra na parte inferior das placas (coletores solares). Pelo princípio do termosifão, a água é aquecida pelos raios solares e sobe em direção à saída da placa na parte superior da mesma (tubo vermelho) e retorna ao boiler. O ciclo então é repetido infinitas vezes aquecendo a água cada vez mais até a sua utilização. Quando alguém utiliza a água quente, a água do reservatório superior é utilizada para completar o nível do boiler.

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Sistemas prediais: Esgoto Sanitário- parte 3

1.Altura dos pontos residenciais

  • MLR: 70/80cm
  • Mictório com sifão externo: 37cm
  • Tanque: 40cm
  • Lavatório: 50cm
  • Pia de cozinha: 60cm
  • MLL: 70cm
  • Bidê: no chão
  • Banheira: possui 2 esgotamento, um pelo ladrão e outro pela válvula de fundo, sendo única a ligação com o ralo sifonado.

2.Tubulação

2.1.Diâmetro Nominal

  • Os ramais de descarga de um chuveiro devem possuir o DN de 40mm
  • Os ramais de descarga de um vaso sanitário devem possuir o DN de 100 mm.

2.2.Acabamentos

  • Para as instalações sanitárias: tubulações de ferro fundido do tipo esgoto, com juntas tomadas com estopa e chumbo derretido e rebatido após a solidificação.
  • Para as tubulações enterradas pode-se utilizar tubulações de cerâmica vidrada internamente, com juntas tomadas com estopa e asfalto a quente.

3.Considerações de projeto

  • Evitar a contaminação da água, de forma a garantir a sua qualidade de consumo, tanto no interior dos sistemas de suprimento e de equipamentos sanitários, como nos ambientes receptores;
  • Permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introduzidos, evitando a ocorrência de vazamentos e a formação de depósitos no interior das tubulações;
  • Impedir que os gases provenientes do interior do sistema predial de esgoto sanitário atinjam áreas de utilização;
  • Impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema;
  • Permitir que os seus componentes sejam facilmente inspecionáveis;
  • Impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilação;
  • Permitir a fixação dos aparelhos sanitários somente por dispositivos que facilitem a sua remoção para eventuais manutenções.

3.1.Símbolos de Projeto

Símbolos para Projeto
Símbolos para Projeto

 

Bons Estudos!

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Sistemas prediais: Esgoto Sanitário-parte 2

1.Partes constituintes

a.Esgoto primário: canalização na qual tem acesso os gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento.

b.Esgoto secundário: é parte da instalação à qual os gases e animais não tem acesso. São aparelhos e a canalização que vem antes dos desconectores (fecho-hídrico). Deve ser lançado no primário por meio de um fecho-hídrico, existentes na bacia sanitária, no ralo sifonado, na caixa de gordura e na caixa sifonada.

 

esgoto

2.Componentes do subsistema de coleta e transporte de esgoto sanitário

a.Aparelho Sanitário: liga-se à tubulação primária

b.Desconector: dispositivo de fecho hídrico destinado a vedar a passagem de gases e animais para o interior da edificação. Desconecta o esgoto primário do secundário. Todos os aparelhos sanitários devem ser protegidos por desconectores individualmente ou a um conjunto de aparelhos de uma mesma unidade autônoma

  • Podem ser utilizadas caixas sifonadas para a coleta dos despejos de conjuntos de aparelhos sanitários, tais como lavatórios, bidês, banheiras e chuveiros de uma mesma unidade autônoma, assim como as águas provenientes de lavagem de pisos, devendo ser providas de grelhas.
  • As caixas sifonadas que coletam despejos de mictórios devem ter tampas cegas e não podem receber contribuições de outros aparelhos sanitários, mesmo providos de desconector próprio.

Obs.: deve ser assegurada a manutenção do fecho hídrico (evaporação, sucção, sobrepressão, etc.).

c.Barrilete de ventilação: Tubulação horizontal com saída para a atmosfera em um ponto, destinada a receber dois ou mais tubos ventiladores.

d.Caixa coletora: Caixa onde se reúnem os efluentes líquidos, cuja disposição exija elevação mecânica.

e.Caixa sifonada: Caixa provida de desconector, destinada a receber efluentes da instalação secundária de esgoto.

f.Caixa de gordura: Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando que estes componentes escoem livremente pela rede, obstruindo-a.

  • As pias de cozinha ou máquinas de lavar louças instaladas em vários pavimentos sobrepostos devem descarregar em tubos de queda exclusivos que conduzam o esgoto para caixas de gordura coletivas, sendo vedado o uso de caixas de gordura individuais nos andares.

g.Caixa de inspeção: Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade e/ou direção das tubulações.

  • A caixa de inspeção pode ser usada para receber efluentes fecais. (do térreo)
  • Entre 2 inspeções só pode haver uma deflexão < 90º e com curva longa;
  • A distância entre 2 inspeções deve ser < 25m;
  • Podem ser de diâmetro ou largura de 40 ou 60cm.
  • Não devem ser colocadas caixas de inspeção ou poços de visita em ambientes pertencentes a uma unidade autônoma, quando eles recebem a contribuição de despejos de outras unidades autônomas.
  • A NBR exige que haja uma separação atmosférica computada na vertical entre a saída d’água da peça de utilização e o nível de transbordamento dos aparelhos sanitários, caixas de descarga e reservatórios. Essa separação mínima deve ser de 2x o diâmetro da peça de utilização. Essa separação visa evitar a contaminação da água pelo fenômeno da “retrossifonagem”.

h.Retrossifonagem: refluxo de água usada, proveniente de um reservatório, aparelho sanitário ou de qualquer outro recipiente, para o interior de uma tubulação, devido à sua pressão ser inferior à atmosférica.

i.Ralo seco: Recipiente sem proteção hídrica, dotado de grelha na parte superior, destinado a receber águas de lavagem de piso ou de chuveiro.

j.Ralo sifonado: Recipiente dotado de desconector, com grelha na parte superior, destinado a receber águas de lavagem de pisos ou de chuveiro.

k.RD- Ramal de descarga: tubulação que recebe diretamente efluentes de aparelho sanitário.

l.RE- Ramal de esgoto: Tubulação primária que recebe os efluentes dos ramais de descarga diretamente ou a partir de um desconector.

  • É vedada a ligação de ramal de descarga ou ramal de esgoto, por meio de inspeção existente em joelho ou curva, ao ramal de descarga de bacia sanitária.
  • Os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto de bacias sanitárias, caixas de gordura, caixas sifonadas, e os dispositivos de inspeção, não devem ser superiores a 10,00 m.

m. Coletor predial: Trecho de tubulação compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal de esgoto ou de descarga, ou caixa de inspeção geral e o coletor público ou sistema particular.

  • O coletor predial e os subcoletores devem ser de preferência retilíneos. Quando necessário, os desvios devem ser feitos com peças com ângulo central igual ou inferior a 45°, acompanhados de elementos que permitam a inspeção.
  • A distância entre a ligação do coletor predial com o público e o dispositivo de inspeção mais próximo não deve ser superior a 15,00 m; e
  • Os desvios, as mudanças de declividade e a junção de tubulações enterradas devem ser feitos mediante o emprego de caixas de inspeção ou poços de visita.
  • Em prédios com mais de dois pavimentos, as caixas de inspeção não devem ser instaladas a menos de 2,00 m de distância dos tubos de queda que contribuem para elas.

Obs: Todos os trechos horizontais devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para isso, apresentar uma declividade constante.

Declividades mínimas:

  • 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75;
  • 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100.
  • As mudanças de direção nos trechos horizontais devem ser feitas com peças com ângulo central igual ou inferior a 45°.
  • As mudanças de direção (horizontal para vertical e vice-versa) podem ser executadas com peças com ângulo central igual ou inferior a 90°.

n. CV- Coluna de ventilação: Tubo ventilador vertical que se prolonga por meio de um ou mais andares e cuja extremidade superior é aberta à atmosfera, ou ligada a tubo ventilador primário ou a barrilete de ventilação.

  • Deve ser previsto um tubo ventilador suplementar a cada grupo de no máximo 8 bacias sanitárias, contadas a partir da mais próxima ao tubo de queda
  • Toda coluna de ventilação deve ter:

i. diâmetro uniforme;

ii. a extremidade inferior ligada a um subcoletor ou a um tubo de queda, em ponto situado abaixo da ligação do primeiro ramal de esgoto ou de descarga, ou neste ramal de esgoto ou de descarga;

iii. a extremidade superior situada acima da cobertura do edifício, ou ligada a um tubo ventilador primário a 0,15m, ou mais, acima do nível de transbordamento da água do mais elevado aparelho sanitário por ele servido.

o.Ramal de ventilação: Tubo ventilador que interliga o desconector, ou ramal de descarga, ou ramal de esgoto de um ou mais aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação ou a um tubo ventilador primário. (Liga o esgoto primário à coluna de ventilação)

Ligação de ramal de ventilação
Ligação de ramal de ventilação

 

p.TQ- Tubo de queda: tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto e ramais de descarga.

  • Apenas são ligados nos tubos de queda os ramais de esgoto do 1º pavimento para cima. Os do térreo são ligados a caixa de inspeção
  • Devem, sempre que possível, ser instalados em um único alinhamento. Quando necessários, os desvios devem ser feitos com peças formando ângulo central igual ou inferior a 90°, de preferência com curvas de raio longo ou duas curvas de 45°.

q.Sifão: Desconector destinado a receber efluentes do sistema predial de esgoto sanitário.

r.Tubulação de ventilação primária: Prolongamento do tubo de queda acima do ramal mais alto a ele ligado e com extremidade superior aberta à atmosfera situada acima da cobertura do prédio

s.Tubulação de ventilação secundária: Conjunto de tubos e conexões com a finalidade de promover a ventilação secundária do sistema predial de esgoto sanitário

t.Dispositivos de acesso a tubulação e desobstrução: caixa de gordura; caixa de inspeção; desconector; sifão; visita.

 

3.Esquema de ligação:

esgoto 2

  • Lavatórios, banheiras, chuveiros, bidê, tanque, ralo e caixa sifonada ligam-se a tubulação primária usando sifões e tubulação secundárias.
  • Pia de cozinha, MLL : ligam-se às caixas de gordura e tubos de queda.
  • As pias de cozinha ou máquinas de lavar louças instaladas em vários pavimentos sobrepostos devem descarregar em tubos de queda exclusivos que conduzam o esgoto para caixas de gordura coletivas, sendo vedado o uso de caixas de gordura individuais nos andares.
  • Pia de despejo liga-se à tubulação primária usando sifão.
  • Despejos de máquinas de lavar ou tanques podem ser descarregados em tubos de queda exclusivos contendo caixa sifonadas especial no seu final (térreo) para evitar retorno de gases.
  • Mictório liga-se a caixa sifonada.
  • Um desconector só pode receber descarga dos aparellhos do ambiente onde ele está instalado.
  • Todo trecho de tubulação deve ser acessível.

OBS: Deve ser evitada a passagem das tubulações de esgoto em paredes, rebaixos, forros falsos, etc. de ambientes de permanência prolongada. Caso não seja possível, devem ser adotadas medidas no sentido de atenuar a transmissão de ruído para os referidos ambientes.

Sistema predial de esgoto sanitário com ventilação secundária
Sistema predial de esgoto sanitário com ventilação secundária
  • O tubo ventilador primário e a coluna de ventilação devem ser verticais e, sempre que possível, instalados em uma única prumada; quando necessárias, as mudanças de direção devem ser feitas mediante curvas de ângulo central não superior a 90°, e com um aclive mínimo de 1%.
  • Em prédios de um só pavimento, deve existir pelo menos um tubo ventilador, ligado diretamente a uma caixa de inspeção ou em junção ao coletor predial, subcoletor ou ramal de descarga de uma bacia sanitária e prolongado até acima da cobertura desse prédio, devendo-se prever a ligação de todos os desconectores a um elemento ventilado.
  • Quando não for conveniente o prolongamento de cada tubo ventilador até acima da cobertura, pode ser usado um barrilete de ventilação, a ser executado com aclive mínimo de 1% até o trecho prolongado.

 

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Sistemas prediais: Esgoto Sanitário- parte 1

Fonte: NBR 8160, Apostila de Esgoto Sanitário CAESB

 

1.Tipos de Esgotos

a.Esgotos Domésticos: incluem as águas contendo matéria fecal e as águas servidas, resultantes de banho e de lavagem de utensílios e roupas;

b.Esgotos Industriais: compreendem os resíduos orgânicos, de indústria de alimentos, matadouros, etc.; as águas residuárias agressivas, procedentes de indústrias de metais, etc.; as águas residuárias procedentes de indústrias de cerâmica, água de refrigeração, etc.;

c.Águas Pluviais: são as águas procedentes das chuvas;

d.Água de Infiltração: são as águas do subsolo que se introduzem na rede.

2.Tipos de Sistemas

a.Sistema Unitário: consiste na coleta de águas pluviais, dos esgotos domésticos e dos despejos industriais em um único coletor.

  • Além da vantagem de permitir a implantação de um único sistema, é vantajoso quando for previsto o lançamento do esgoto bruto, sem inconveniente em um corpo receptor próximo.
  • No dimensionamento do sistema devem ser previstas as precipitações máximas com período de recorrência geralmente entre 5 e 10 anos.
  • Como desvantagem, apresenta custo de implantação elevado e problemas de deposições de material nos coletores por ocasião da estiagem.
  • Quanto ao tratamento, o custo de implantação é também elevado tendo em vista que a estação deve ser projetada com capacidade máxima que, no sistema unitário, ocorre durante as chuvas. A operação é prejudicada pela brusca variação da vazão na época das chuvas, afetando do mesmo modo a qualidade do efluente.

 

b.Sistema Separador Absoluto: o esgoto doméstico e o industrial ficam completamente separados do esgoto pluvial. É o sistema adotado no Brasil. O custo de implantação é menor que o do sistema anterior, em virtude das seguintes razões:

  • as águas pluviais não oferecem o mesmo perigo que o esgoto doméstico, podendo ser encaminhadas aos corpos receptores (rios, lagos, etc.) sem tratamento, este será projetado apenas para o esgoto doméstico;
  • nem todas as ruas de uma cidade necessitam de rede de esgotamento pluvial. De acordo com a declividade das ruas, a própria sarjeta se encarregará do escoamento, reduzindo assim, a extensão da rede pluvial;
  • esgoto doméstico deve ter prioridade, por representar um problema de saúde pública. O diâmetro dos coletores é mais reduzidos;
  • nem todo esgoto industrial pode ser encaminhado diretamente ao esgoto sanitário. Dependendo de sua natureza e das exigências regulamentares, terá que passar por tratamento prévio ou ser encaminhado à rede própria.

 

b. Sistema Misto: a rede é projetada para receber o esgoto sanitário e mais uma parcela das águas pluviais. A coleta dessa parcela varia de um país para outro. Em alguns países colhe-se apenas as águas dos telhados; em outros, um dispositivo colocado nas bocas de lobo recolhe as águas das chuvas mínimas e limita a contribuição das chuvas de grande intensidade.

3.Unidades de um sistema convencional de esgotos:

a.Ramal predial: transportam os esgotos das edificações até a rede pública de coleta;

b.Coletores de esgoto: recebem os esgotos das edificações, transportando-os aos coletores trocos;

c.Coletor tronco: tubulação da rede que recebe os coletores de esgoto, não recebe aporte direto de edificações;

d.Interceptor: ocorrem nos fundos de vale margeando corpos d´agua, evitando que o esgoto aporte a esses corpos hídricos. Recebem contribuições dos coletores tronco. Geralmente possuem diâmetro maiores que o coletor tronco em função de maior vazão;

e.Emissários: similar aos interceptores, porém não recebem contribuição ao longo do seu trajeto (a entrada é apenas na ponta do montante). Transportam o esgoto ao seu destino final (corpo hídrico ou ETE)

f.ETE: conjunto de obras e instalações destinadas a realizar a depuração do esgoto, remover os poluentes dos esgotos;

g.Disposição final: após seu tratamento ou transporte a local adequado, o esgoto é lançado em um corpo hídrico denominado corpo receptor. Eventualmente o esgoto pode ser aplicado direto ao solo. Em ambos os casos o esgoto passa a ser depurado naturalmente, de acordo com a capacidade de autodepuração do corpo receptor e a quantidade de poluentes nele presente.

Durante o trajeto das águas residuárias há os seguintes componentes:

h.Poços de visita: câmaras que permitem a inspeção e limpeza da rede coletora de esgotos. São divididos em poços de visita ou poços de inspeção. Costumam ser instalados no início da rede coletora e nas mudanças de declividade, direção, diâmetro ou material de construção.

i.Poços de inspeção: não é possível a visitação.

j.Caixas de passagem: são câmaras sem acesso, localizadas em pontos singulares (mudança de direção da tubulação) por necessidade construtiva.

k.Sifão invertido: obra destinada a transposição de obstáculo imposto no traçado da rede coletora de esgoto, sem instalação de estações elevatórias. Há o rebaixamento para que a canalização passe por baixo do obstáculo. Trabalha abaixo da linha piezométrica, sob pressão.

l.Estação elevatória: instalação hidráulica dotada de bombas para transferir os esgotos de uma cota mais baixa para uma mais alta. Utilizada quando as profundidades das tubulações apresentam-se bastante elevadas, devido à baixa declividade do terreno e necessidade de fornecer tração mínima para o escoamento do esgoto ou pela necessidade de se transpor obstáculos;

m.Linha de recalque: primeiros trechos subsequentes às estações elevatórias. Encontram-se sob pressão.

n.Dispositivo gerador de descarga (DGD) e tanques fluxíveis: tanques localizados nas cabeceiras da rede de esgotos, ou em pontos intermediários, que liberam descargas de água algumas vezes ao dia, promovendo a lavagem da rede coletora –em desuso.

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Sistemas prediais: Transporte vertical mecanizado – Elevador

Fonte: Manual de Transporte Vertical em Edifícios Elevadores de Passageiros, Escadas Rolantes, Obra Civil e Cálculo de Tráfego – Atlas Schindler

Instalações de longa vida – 25 a 40 anos.

  1. Esquema básico de funcionamento do elevador:
  • O conjunto cabina, armação e plataforma denomina-se carro.
  • O conjunto do contrapeso deve ter peso total igual ao do carro acrescido de 40 a 50% da capacidade licenciada. O contrapeso de um elevador deve estar na mesma caixa do carro.
  • Além do freio normal, o elevador é dotado de um freio de segurança para situações de emergência, de atuação mecânica.
  • No caso de elevadores panorâmicos, o contrapeso pode estar numa caixa remota desde que a caixa seja totalmente fechada e provida de meios adequados de acesso para fins de inspeção, reparos e manutenção.
  • O amortecedor de uma máquina elevadora consiste em um pistão ou dispositivo de mola, instalado no limite inferior extremo do trajeto, cuja finalidade é absorver o impacto de uma cabine de elevador ou de um contrapeso em sua descida.

elevadorelevador1

 2. Estrutura Civil composta por:

a. Caixa de corrida: material incombustível formando uma superfície lisa, com pilares nas paredes laterais e nas dos fundos, ficando à frente livre para fixação dos marcos e da botoeira de chamada. Não é permitida a colocação de qualquer tubulação no interior da caixa, apenas a necessária para o funcionamento do elevador.

  • Se existirem saliências na direção do movimento do elevador, estas devem ser chanfradas, a 60° ou mais, com a horizontal. Quando houver distância superior a 11 m entre paradas consecutivas, devem existir portas de emergência na Caixa. Essa exigência não se aplicará nos casos de cabinas adjacentes, que permitam a evacuação de uma para outra por meio de uma porta de emergência lateral. Portas de inspeção e de emergência e portinholas de inspeção devem abrir para fora da caixa.
  • Devem ser previstas aberturas de ventilação, na parte superior da caixa, com área total de no mínimo 1% da seção transversal da caixa. Essa ventilação poderá ser feita diretamente do exterior ou por meio da casa de máquinas ou casa de polias.
  • Abaixo da soleira de cada pavimento deve existir uma aba com altura de 30 cm, no mínimo, sendo que a sua parte inferior deve continuar com uma inclinação de 60° com a horizontal. Deve haver iluminação a cada 7m ao longo do percurso.
  • É aceitável um desvio de 1,5cm de cada lado, considerando todo o percurso do elevador, acrescido do espaço livre superior e do espaço livre inferior (profundidade do Poço).
  • Acabamentos em gesso são proibidos (nas paredes, teto e piso da caixa)

b. Casa de máquinas: contém o motor e os aparelhos de manobra do elevador. Exige paredes incombustíveis, isolamento térmico e extintor de incêndio junto à porta de acesso.

  • O posicionamento ideal para a Casa de Máquinas é na parte superior do edifício, sobre a caixa do elevador. Quando situada em outro local do prédio (por exemplo: na parte inferior do edifício, ao lado do Poço), obrigatoriamente deverá ser construída uma casa de polias sobre a caixa.
  • Podem conter dentro da Casa de Máquinas: máquinas para monta-cargas ou escadas rolantes; equipamento de ar condicionado ou aquecimento desses recintos, exceto aquecedores de água ou vapor; detectores de fogo ou extintores com temperatura de operação elevada, apropriado para equipamento elétrico, estável por um período de tempo e protegido contra impactos acidentais.
  • A porta de acesso à Casa de Máquinas deve ser de material incombustível e sua folha deve abrir para fora, estar provida de fechadura de segurança com chave para a abertura pelo lado externo e abertura sem chave pelo lado interno.
  • As máquinas, outros dispositivos do elevador, e as polias devem ser instaladas em recinto exclusivo contendo paredes sólidas, piso, teto. Os pisos devem ser antiderrapantes.
  • As entradas devem ter altura mínima de 2,00m e largura mínima de 0,70m.
  • Quando o acesso de pessoas à casa de máquinas ou casa de polias é realizado por escadas, estas devem ser construídas com materiais incombustíveis e antiderrapantes, devendo cumprir com os projetos normais (máximo 45°) de piso e espelho, com uma largura de pelo menos 0,7 m e devem ser de trechos retos possuindo no final um patamar coincidente com a porta de entrada, de dimensões suficientes para que se permita que uma pessoa parada nele possa abrir comodamente a porta. Tanto a escada quanto o patamar devem possuir proteções bilaterais de altura não inferior a 0,90 m, medida na vertical desde o degrau ou patamar, conforme corresponda, devendo possuir ainda corrimãos e rodapés. (a escada não pode ser do tipo “caracol”).
  • Devem ser providas de ganchos instalados no teto para levantamento de equipamento pesado durante a montagem e manutenção do elevador. Altura mínima de 2,00m, tomada da parte inferior das vigas estruturais do teto e medida a partir do piso da área de acesso.
  • Acima da parte mais alta da máquina deve existir uma distância vertical livre mínima de 0,6 m.
  • Quando a função do edifício exigir (ex.: moradias, hotéis, hospitais, escolas, bibliotecas, etc.) as paredes, pisos e tetos das casas de máquinas devem absorver substancialmente os ruídos oriundos da operação dos elevadores.
  • Devem ter ventilação natural cruzada ou forçada, com 1/10 de área de piso.
  • Devem ser iluminadas, garantindo o mínimo de 200lx ao nível do piso e possuir pelo menos uma tomada elétrica. Devem dispor de luz de emergência, independente e automática, com autonomia mínima de 1hora para garantir iluminação de pelo menos 10lx sobre a máquina de tração.
  • A temperatura da Casa de Máquinas deve ser mantida entre 5ºC e 40ºC.
  • A área da Casa de Máquinas sempre será maior que o dobro da área da caixa.
  • O limitador de velocidade pode ser instalado na caixa desde que as inspeções e os ensaios e as operações de manutenção sejam realizadas de fora da caixa.

c. Casa de polias: destinado às polias superiores, quando as máquinas não estiverem colocadas na parte superior do conjunto. Deve ter piso incombustível, iluminação artificial, PD mín. 1,30m e altura sobre as polias guia de 0,30m.

d. Poço: local onde se move a cabine e onde se encontra o contrapeso.

  • Deve existir acesso ao fundo do Poço. Entre os Poços de elevadores adjacentes deve existir parede divisória, ou proteção de chapa metálica ou tela de arame, de abertura de malha inferior a 5 cm, com altura mínima de 2,50 m acima do nível do fundo do Poço.
  • Quando houver porta na parede divisória dos Poços de elevadores adjacentes, essa porta deverá ter contato elétrico (idêntico das portas de pavimento) que interrompa o circuito dos dois elevadores. Em cada Poço deve existir um ponto de luz, de forma a assegurar a iluminação mínima de 20 Ix no piso do Poço, além de uma tomada elétrica.
  • O Poço deverá ser impermeável, fechado e aterrado, de material não inflamável ou refratário e nele não deverá existir qualquer obstáculo que dificulte a instalação dos aparelhos do elevador (como sapatas ou vigas que invadam o Poço).
  • A profundidade do Poço é variável de acordo com o equipamento a ser instalado.

e. Cabine: as dimensões mínimas para as portas são de 0,80m de largura por 2,00m de altura.

3. Outros Tipos de Elevadores

a. Elevador sem casa de máquinas: A construção de edifícios sem casa de máquinas para instalação de elevadores se tornou possível para edifícios residenciais de médio porte e edifícios comerciais de pequeno porte e tráfego.

  • As cintas flexíveis possibilitam uma polia de tração menor, criando uma máquina 70% menor e até 50% mais eficiente comparada a máquinas com engrenagem convencionais. Não há mais necessidade de projetar um espaço adicional específico para alocar os componentes do elevador. Não necessitam de lubrificação adicional, eliminando a necessidade de armazenamento, limpeza e descarte de resíduos perigosos.
  • Os equipamentos de tração passam a ser instalados na parte extrema superior da caixa enquanto os dispositivos de comando se distribuem pela cabina, botoeiras de chamadas dos pavimentos e interior do batente da porta do pavimento superior. Nestas instalações o contrapeso está localizado normalmente ao lado, na caixa.

b. Elevador Hidráulico: desenvolvido para atender hospitais, fábricas e shopping centers. Com capacidade para 4 a 20 pessoas e velocidade entre 30 e 60m/min, opera com um sistema de impulsão hidráulica que elimina ruídos e vibrações no trajeto.

  • A casa de máquinas não precisa ficar na parte superior da caixa de corrida. O equipamento conta com as tecnologias de autodiagnostico e telediagnóstico que realizam autochecking e avisam sobre ocorrências.

4. Características básicas do elevador

a. Capacidade de carga:

  • Normal: para transporte de pessoas
  • De carga: para transporte de cargas e macas

b. Tipo de acesso

  • Público
  • Restrito: o usuário necessita de uma chave de acesso para habilitar o uso do elevador. A chave de acesso pode ser de destino único (habilita apenas um andar específico) ou destino múltiplo.

 c. Velocidade nominal e lotação da cabine

  • A determinação da velocidade e da capacidade dos elevadores de um edifício é feita através do seu Cálculo de Tráfego
  • A grande maioria dos edifícios residenciais apresenta um fluxo de usuários que é bem atendido por elevadores com velocidade de 1,00 m/s e capacidade de 6 a 9 pessoas.

 

d. Tipo de comando

  • O acionamento mais moderno é por tensão e frequência variáveis, VVVF, reduz custos e proporciona economia à construção civil com a redução no dimensionamento das linhas adutoras de energia, chaves e cabeamento elétrico
  • O sistema de Comando afeta sensivelmente o rendimento da instalação.
  • A finalidade do Comando é estabelecer a prioridade e o sentido de atendimento às chamadas, de acordo com as características do edifício.

i. Comando automático coletivo: existem botões de chamada, um para cada pavimento, instalados na cabina, e um único botão de chamada instalado em cada pavimento, todos ligados ao painel central, de tal maneira que todas as chamadas fiquem nele registradas. O carro vai efetuando as paradas em ordem sequencial   independentemente da ordem em que as chamadas tenham sido registradas. Aplica-se a edifícios de poucos andares (de 2 até 3 pavimentos) e pouco movimento, em que o tráfego predominante seja entre andares, como estabelecimentos comerciais e industriais pequenos.

ii. Comando automático coletivo seletivo na descida as chamadas de pavimento somente são atendidas quando o elevador se movimenta em sentido descendente, a partir de chamada superior. Aplica-se a edifícios em que o movimento principal é constituído pelo tráfego entre o térreo e os demais pavimentos, sem que haja tráfego apreciável entre os próprios pavimentos. É ideal para edifícios de apartamentos.

iii. Comando automático coletivo seletivo na subida e na descida existem nos pavimentos intermediários dois botões, um de “subida” e um de “descida”, e um botão nos pavimentos extremos. Neste sistema de comando as chamadas de pavimento para subir são selecionadas separadamente das chamadas de pavimento para descer, sendo atendidas primeiramente todas as chamadas em um dos sentidos para depois serem atendidas as de sentido oposto. Aplica-se a edifícios onde o fluxo predominante seja entre os andares, tais como escritórios em geral ou de uma única entidade, repartições públicas. Em edifícios residenciais se aplica ao pavimento térreo sempre que existirem pavimentos inferiores de garagem.

iv. Comando em grupo: para grupo de dois ou mais elevadores que operam em conjunto e que tenham o mesmo número de paradas, entradas no mesmo hall, somente um pavimento principal de acesso e a mesma destinação de uso. Nos mais simples, o comando, além de efetuar a seleção de chamadas de descida ou chamadas de subida e descida, seleciona também qual o elevador deverá atender a determinada chamada de pavimento. Estes sistemas são indicados para qualquer tipo de edifício, sempre com melhor rendimento para o fluxo de tráfego. Aplica-se nos casos em que não há divisão no hall de acesso entre os elevadores social e de serviço e sempre que os elevadores estejam próximos, dispostos em grupo (lado a lado ou frente a frente). Nos sistemas mais complexos o comando determina, nas horas de pico, quais são as chamadas prioritárias (chamadas de pavimento principal, chamadas de descida, chamadas de subida, etc.). São indicados para edifícios com grande fluxo de tráfego.

5. Cálculo de tráfego

Para que se possa efetuar o cálculo, as seguintes variáveis deverão ser conhecidas:

  • População do prédio
  • Número de paradas dos elevadores
  • Percurso dos elevadores
  • Tipos de portas dos elevadores
  • Capacidade das cabinas
  • Velocidade dos elevadores
  • Quantidade de elevadores

População do prédio

a. escritórios de uma única entidade       1 pessoa por 7,00m² de sala.

b. escritórios em geral e consultórios      1 pessoa por 7,00m² de sala.

c. apartamentos

  • 2 pessoas por 1 dormitório;
  • 4 pessoas por 2 dormitórios;
  • 5 pessoas por 3 dormitórios;
  • 6 pessoas por 4 dormitórios ou mais; e
  • 1 pessoa por dormitório de serviçal.

d. hotéis                 2 pessoas por dormitório.

e. hospitas             2,5 pessoas por leito.

f. restaurantes       1 pessoa p/1,50m² salão refeições.

g. escolas

  • salas de aula                           1 pessoa por 2,00m².
  • salas de administração         1 pessoa por 7,00m².

h. edifícios-garagem com rampas sem manobristas    1,4 pessoas por vaga.

i. lojas e centros comerciais                                   1 pessoa por 4,00m² de loja.

OBS: Para efeito do cálculo de tráfego não é computada a população do pavimento de acesso, as áreas destinadas a circulação, halls, sanitários, elevadores, etc.

  • O intervalo de tráfego máximo admissível, ou seja, o tempo máximo que um passageiro deve esperar pelo carro, é dado em função da finalidade do prédio. Para edifícios de apartamentos não existe a exigência de intervalo de tráfego máximo admissível
  • Percurso: distância, em metros, percorrida pelo carro, do piso acabado da primeira parada ao piso acabado da última parada (não inclui o espaço livre superior e o Poço).
  • Velocidade: estabelecida de forma compatível com a altura do prédio,

6. Outras características:

a. Dimensionamento da Caixa: é função da capacidade, da velocidade, do tipo de portas e da localização do contrapeso.

b. Posicionamento: Os elevadores devem ser posicionados de tal forma que a distância entre eles seja mínima. Distância excessiva entre os carros de um grupo resulta em um maior tempo na parada do elevador, pela maior demora dos passageiros em alcançá-lo, reduzindo a eficiência da instalação.

  • Para dois carros, o arranjo lado a lado é o melhor. A solução de dois elevadores frente a frente também pode ser considerada satisfatória; entretanto, deve-se ter um corredor mais largo.
  • Grupo de três carro: largura do hall de 2,00m para elevadores em linha e 2,20m para elevadores frente a frente.
  • Grupo de quatro carros: dois carros frente a frente é melhor do que quatro carros em linha. 2 frente a 2 – largura do hall= 2,80m; 4 em linha – largura do hall= 2,60m
  • Grupo de cinco ou seis carros: A boa solução é a de três carros frente a dois ou três, sendo 3,00m a largura recomendada para o hall.

c. Portas de pavimento: Quando fechadas, as folgas entre folhas ou entre folhas e longarinas, vergas ou soleiras, não devem exceder 6 mm. As portas corrediças horizontais de pavimento devem ser guiadas em cima e em baixo.

  • Altura: As portas de pavimento devem ter uma altura livre mínima de 2,0 m.
  • Largura: As portas de pavimento deverão proporcionar uma abertura livre mínima de 0,8 m.
  • Altura interna livre da cabina: deve ser no mín. de 2,10 m.
  • A abertura automática das portas da cabina: deve ocorrer somente na zona de nivelamento, limitada para esse fim a 0,20 m para cima e 0,20 m para baixo do nível do pavimento.

d. Limitador de velocidade: Dispositivo que, quando o elevador atinge uma velocidade predeterminada, causa a parada do elevador e, se necessário, aciona o freio de segurança.

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Sistemas prediais: Gás Canalizado

Instalações prediais de gás canalizado

  1. Gás natural: composto por 89% metano, 8% etano, 1,5% propano. Mais seguro porque não é tóxico e é mais leve que o ar.
  2. Gás manufaturado: 35% hidrogênio, 26% metano, 20% nitrogênio, 8% dióxido de carbono, 7% monóxido de carbono (gás tóxico)

O Sistema está dividido nas seguintes partes:

  • Ramal externo: trecho responsável pela ligação entre a rede geral e o medidor predial, que vai desde a rede até o muro do terreno;
  • Ramal interno: trecho responsável pela ligação entre a rede geral e o medidor geral, que vai do muro do terreno até o medidor;
  • Ramificação primária: tubulação que liga o medidor coletivo aos medidores individuais;
  • Ramificação secundária: tubulação que liga os medidores individuais ao ponto de gás.

gás

Esquema de ligação de gás sem ramificação primária

Os ramais internos serão instalados:

  • Para medidor individual, em área privativa da unidade a que se destina;
  • Para medidores coletivos em áreas comuns;
  • As caixas de proteção dos medidores individuais poderão ser colocadas no pavimento térreo, em locais comum, ou ainda no interior da área privativa da unidade a que se destina;
  • Em casos excepcionais será permitida a localização de medidores no subsolo, desde que assegurada a iluminação e a ventilação;
  • A área total das aberturas para ventilação das caixas de proteção ou cabines é de no mínimo 1/10 da área da planta baixa do compartimento;
  • No interior das caixas de proteção ou cabines só existirá ponto de iluminação à prova de explosão;
  • As tubulações devem ter um afastamento mín. de 20cm das canalizações de outra natureza.
  • As tubulações de gás devem estar distantes entre si no mínimo o espaçamento igual ao diâmetro da maior tubulação;
  • Não é permitida a passagem de canalização nas seguintes situações: através de chaminé, tubos de lixo, tubos de ar condicionado, compartimentos de ventilação, poços de elevadores, depósitos de água, vazios, sem ventilação, formados pela estrutura.

OBS: nas paredes em que forem embutidas as prumadas e os trechos verticais dos aparelhos de utilização não é permitido o uso de tijolo vazado a uma distância mínima de 20cm para cada lado.

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Sistemas Prediais

Sistemas prediais: Instalações de lógica e cabeamento estruturado

  1. Cabeamento Estruturado: instalação de cabos constituindo uma rede caracterizada pela capacidade de transmissão de dados em alto volume, interligando dispositivos de comunicação em uma edificação ou conjunto de edificações.
  2. Definição de Sistema de Cabeamento Estruturado
  • Um sistema de cabeamento estruturado permite o tráfego de qualquer tipo de sinal elétrico de áudio, vídeo, controles ambientais e de segurança, dados e telefonia, convencional ou não, de baixa intensidade, independente do produto adotado ou fornecedor.
  • Este tipo de cabeamento, possibilita mudanças, manutenções ou implementações de forma rápida, segura e controlada, ou seja toda alteração do esquema de ocupação de um edifício comercial é administrada e documentada seguindo-se um padrão de identificação que não permite erros ou dúvidas quanto aos cabos, tomadas, posições e usuários.
  • Para que estas características sejam conseguidas, existem requisitos mínimos relativos à distâncias, topologias, pinagens, interconectividade e transmissão, permitindo desta forma que atinja-se o desempenho esperado.
  • Tendo base que um sistema de cabeamento estruturado, quando da instalação, está instalado em pisos, canaletas e dutos, este sistema deve se ter uma vida útil de no mínimo 10 anos, este é o tempo médio da vida útil de uma ocupação comercial.

3. Composição de um Sistema de Cabeamento Estruturado

cabeamento estruturado

Um sistema de cabeamento estruturado compõem-se de 6 subsistemas, cada qual tendo suas próprias especificações de instalação, desempenho e teste.

1 – Armário de Telecomunicações

2 – PABX

3 – Distribuidor Geral

4 – Backbone (cabeamento vertical)

5 – Cabeamento Horizontal 6 – Tomadas de Telecomunicações

3.1 Cabeamento Horizontal (Horizontal Cabling): É a parte do sistema de cabeamento estruturado que contém a maior quantidade de cabos instalados, estende-se da tomada de telecomunicação instalada na área de trabalho até o armário de telecomunicação. É chamado de horizontal devido aos cabos correrem no piso, suspensos ou não, em dutos ou canaletas.

3.2 Área de Trabalho (Work Area): Área de trabalho é o local onde o usuário começa à interagir com o sistema de cabeamento estruturado, é neste local que estão situados seus equipamentos de trabalho, estes equipamentos podem ser:

  • Computador;
  • Telefone;
  • Sistemas de armazenagem de informações;
  • Sistema de impressão;
  • Sistema de videoconferência;
  • Sistema de controle.

Na área de trabalho, os componentes de cabeamento entre a tomada de telecomunicações e a estação de trabalho permitem a flexibilidade de deslocamento, sem comprometer a conexão física.

3.3 Cabos Verticais (BackBone Cabling): A função básica dos cabos verticais ou backbone cabling é interligar todos os armários de telecomunicação instalados nos andares de um edifício comercial (backbone cabling) ou vários edifícios comerciais (campus backbone), onde também serão interligadas as facilidades de entrada (entrance facilities).

3.4 A topologia adotada para os Cabos Verticais é a Estrela.

Os principais fatores a serem considerados para dimensionamento dos cabos verticais são:

  • Quantidade de área de trabalho;
  • Quantidade de armários de telecomunicações instalados;
  • Tipos de serviços disponíveis;
  • Nível de desempenho desejado.

3.5 Armário de Telecomunicação (Telecommunication Closet): Quando instalamos todos os cabos do cabeamento horizontal, fazemos sua instalação em cada área de trabalho e na outra ponta, no hardware de conexão escolhido. Este hardware de conexão deve ser protegido contra o manuseio indevido por parte de pessoas não autorizadas. Para que isto não aconteça, instalamos todos os hardwares de conexão, suas armações, racks, e outros equipamentos em uma sala destinada para esta função locada em cada andar, esta sala é chamada de armário de telecomunicação (telecommunication closet).

Um armário de telecomunicações deve ser instalado levando-se em conta algumas premissas:

  • Quantidade de áreas de trabalho;
  • Disponibilidade de espaço no andar;
  • Instalação física.

3.6 Sala de Equipamentos (Equipments Room): A sala de equipamentos é o espaço reservado dentro do edifício ou área atendida, onde está instalado o distribuidor principal de telecomunicações, que irá providenciar a interconexão entre os cabos do armário de telecomunicações, backbone cabling ou campus backbone, com os equipamentos de rede, servidores e os equipamentos de voz (PABX).

  • geralmente fica no 1 andar ou junto com a central, e faz a ligacao do cabeamento externo com o interno.

Existem algumas regras que devem ser seguidas na instalação da sala de equipamentos:

  • Área maior ou igual a 14m 2 ;
  • Instala-lo fisicamente à um mínimo de 3m de qualquer fonte de interferÊncia eletromagnética, como cabinas de força, máquinas de Raio X, elevadores, sistemas irradiantes;
  • Instalar tomadas elétricas a cada 1,5m;
  • Instalar uma iluminação com um mínimo de 540 Luz/m 2 ;
  • Deve ser instalado longe de infiltração de águas fluviais, esgotos e outros afluentes.

3.7 Facilidades de Entrada (Entrance facilities) Externo: As facilidades de entrada estão relacionadas aos serviços que estarão disponíveis para o cliente. Os serviços podem ser de:

  • Dados;
  • Voz;
  • Sistema de Segurança;
  • Redes Corporativas;
  • Outros serviços.
  • Deverão ser observadas as seguintes condições gerais:
  1. Obter os projetos de arquitetura, estrutura e demais instalações, a fim de integrar e harmonizar o projeto do Sistema de Cabeamento Estruturado (SCE) com os demais sistemas.
  2. Conceber o sistema de SCE, de modo a obter uma rede de transmissão e processamento de informações que permita flexibilidade na definição de “layouts” dos equipamentos, velocidade de processamento e confiabilidade da instalação.
  • Cabe ao arquiteto adequar os ambientes para receber o cabeamento estruturado.

3.8 Conversor ótico: dispositivo para acoplamento dos cabos de fibra ótica e conversão de sinais óticos em digitais.

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Sistemas prediais: Climatização

Resumo de Ar Condicionado

 

Conceitos:

Condicionamento de ar: processo pelo qual são controlados simultaneamente a temperatura, a umidade, a movimentação e a pureza do ar em recintos fechados.

Ar condicionado: ar resultante do processo de condicionamento

Tratamento de Ar: processo pelo qual são controladas uma ou mais condições características do ar, sem assegurar o controle simultâneo da temperatura e da umidade.

Instalação de condicionamento de ar: conjunto de máquinas, canalizações e partes complementares que é capaz de realizar o condicionamento de ar em um ou mais recintos.

Zona de conforto: zona de carta psicométrica que compreende pontos representativos da temperatura efetiva correspondentes a condições de sensação térmica julgada de conforto por um grupo de pessoas, de determinado local, submetidas a controle estatístico.

  • a diferença entre as temperaturas simultâneas do termômetro seco em 2 pontos quaisquer do recinto, não deve ultrapassar 2ºC.
  • o ar deve ser continuamente filtrado e renovado
  • os níveis de ruído, nos recintos condicionados devem ser limitados de acordo com a finalidade de ocupação do recinto
  • o ar introduzido deve ser totalmente filtrado e parcialmente renovado.

Operações do tratamento do ar:

1. Purificação: consiste na eliminação das partículas sólidas e até mesmo líquidos (fog) que se arrasta em suspensão. É feita por meio dos seguintes dispositivos:

  • câmaras de retenção de pó
  • filtros secos
  • filtros de carvão ativado
  • filtros úmidos
  • lavadores de ar
  • filtros eletrostáticos

 

2. Aquecimento: obtido diretamente por meio de resistências elétricas e caloríferos (caldeiras de ar) ou indiretamente por meio de serpentinas de água quente, vapor ou mesmo fluido frigorígeno trabalhando em ciclo reverso.

 

3. Umidificação: consiste no aumento do seu conteúdo de umidade, o que se consegue por meio de:

  • injetores de vapor
  • recipientes com água, que é vaporizada por aquecimento
  • borrifadores de água quente ou fria

 

4. Refrigeração: a refrigeração pura do ar é obtida colocando-o em contato com uma superfície fria, a uma temperatura igual ou superior a sua temperatura de orvalho:

  • serpentina evaporadora de uma instalação de refrigeração (resfriado por expansão direta)
  • serpentina de água gelada (resfriado por expansão indireta)
  • borrifadores de água gelada
  • serpentina resfriadora com borrifadores de água

 

5. Desumidificação: consiste na redução de seu conteúdo de umidade (secagem). Essa operação é obtida por meio de refrigeração, por meios químicos e por adsorção.

  • Secagem do ar por meio da refrigeração se dá quando a temperatura da superfície fria (temperatura de orvalho do equipamento) é inferior à temperatura de orvalho do ar em tratamento

A determinação da temperatura de orvalho do equipamento, juntamente com a quantidade de ar a ser tratado, é um dos aspectos mais importantes do condicionamento de ar.

  • A secagem por adsorção consiste em retenção da umidade por meio de substâncias porosas como a sílica-gel.

Sistemas de condicionamento de ar – quanto ao tratamento do ar:

  1. simples aquecimento
  2. simples refrigeração
  3. simples desumidificação
  4. simples umidificação
  5. condicionamento completo

Quanto a localização do equipamento:

  • Local (aparelhos de janela): indicada para pequenos ambientes, onde a distância do ar tratado pode ser feita por insuflamento e retorno direto do aparelho. Podem proporcionar aquecimento também.
  • Pequenas centrais (unidades compactas): caixa horizontal ou armário vertical que funcionam com condensação de ar ou água. O aquecimento é direto, por meio de resistências, ou indireto, por meio de reversão do ciclo de refrigeração. Indicados para ambientes de tamanho médio (residências, apartamentos, pequenas lojas, escritórios particulares) e dispensam elementos acessórios como torres de arrefecimento e caldeiras de água quente.
  • Grandes centrais: grandes instalações nas quais todo equipamento de ar condicionado é localizado em sala de máquinas adequada. São indicados para grandes ambientes como cinemas, teatros, salas de conferências, etc.
  • Semicentrais: grandes instalações de ar condicionado nas quais, para facilitar a distribuição do ar, os condicionadores são repartidos pelo prédio, centralizando-se na casa de máquinas apenas uma parte do equipamento, por exemplo:
  1. Sistema de recuperação da água de condensação (torre de arrefecimento)
  2. Sistema de aquecimento (caldeira de água quente)
  3. Sistema de refrigeração (preparador de água gelada)

 

Sistema de expansão direta

 

  • No evaporador de expansão direta, é o próprio fluido refrigerante do sistema de refrigeração que realiza o processo de resfriamento final, ou seja, a retirada de calor do meio que se quer resfriar.
  • Em um condicionador de ar de janela, o ar do ambiente climatizado entra em contato com a serpentina do evaporador, por dentro da qual evapora o fluido refrigerante do sistema de refrigeração
  • O sistema VRF e o sistema Split são sistema de expansão direta e contam com unidade de condensadores e evaporadores de ar.

 

Sistema de expansão indireta

 

  • No evaporador de expansão indireta, existe um fluido intermediário entre o refrigerante do sistema de refrigeração, e o meio que se quer resfriar. Ou seja, o refrigerante do sistema de refrigeração irá resfriar um fluido intermediário, e este fluido é que irá retirar calor do meio a ser resfriado. Então, em um sistema de condicionamento de ar de grande porte do tipo chiller, o gás refrigerante do sistema de refrigeração (chiller) realiza o resfriamento de água, produzindo água gelada. Esta água gelada é que irá resfriar o ar dos ambientes climatizados, no fan-coil.

 

chiller
Chiller

 

  • Chiller= sistema de resfriamento da agua
  • A agua resfriada no CHILLER, instalado na casa de maquinas, é conduzida para os andares por meio de dutos isolados termicamente. A agua utilizada retorna a central e é novamente resfriada
  • O Chiller pode ser instalado em qualquer lugar, sendo que ao ar livre precisa ser cabinado

 

Sistema de água gelada com chiller a água

  • Componentes principais
  • Fan-coil
  • Termostato
  • Válvulas de controle de vazão de água
  • Rede de tubos de distribuição de água gelada
  • Bombas de água gelada
  • Chiller condensação a água
  • Bomba de água de condensação
  • Rede de tubos de distribuição de água de condensação
  • Torre de arrefecimento

Vantagens

  • flexibilidade com relação a quantidade de fan-coil e a sua localização em relação a central de água gelada
  • A carga elétrica instalada é menor se comparado com os sistemas unitários (simultaneidade de carga)
  • Ponto de energia concentrado na central
  • Não tem restrições de altura e distância entre o chiller e os fan-coil, e entre o chiller e a torre de arrefecimento
  • Não causa impacto arquitetônico, típico da locação de unidades condensadoras dos sistemas unitários
  • Permite TERMOACUMULAÇÃO
  • É mais eficiente que o chiller a ar
  • O chiller não precisa ficar no ambiente externo

Desvantagem:

  • Custo de instalação mais elevado (+ torre, bombas e tubulações)
  • Consumo de água devido a evaporação na torre
  • Os custos de manutenção maiores

O sistema de água gelada consiste em uma central onde uma ou mais unidades de ar de expansão indireta são operadas e controladas de forma independente das demais e, ainda são supridas com água gelada produzida numa central frigorífica que é constituída por um ou mais grupos refrigeradores de água e distribuídas por bombas, em circuito fechado.

 

  • Fain Coil = sistema de resfriamento do Ar e não da agua

Unidade de tratamento de ar, composto por um ventilador e um trocador de calor (serpentina água-ar)

 

Fan-coil
Fan-coil

 

Função: Tratar o ar (resfriar/desumidificar e filtrar). Principais tipos:

  • Fan-coil para dutos
  • Fan-coil aparente tipo hi-wall
  • Fan-coil aparente tipo piso/teto
  • Fan-coil aparente tipo cassete

 

Termoacumulação

O Sistema de Termoacumulação utiliza tanques de água gelada ou gelo que armazenam carga térmica durante a madrugada, quando o custo de energia é baixo.

 

Principais benefícios:

  • Redução do tamanho da CAG (CENTRAL DE ÁGUA GELADA), conseqüentemente, do custo inicial dos equipamentos que compõem o sistema de climatização;
  • Deslocamento de carga para fora do horário de ponta do sistema;
  • Redução de potência instalada, proporcionando um novo contrato de energia;
  • Redução de investimento com cabine primária ou secundária;
  • Aproveitamento das diferentes modalidades de tarifas para reduzir o custo de energia;

 

Tubulação

  • As tubulações de água, utilizadas em condicionamento de ar, são essencialmente para o transporte de água:
  1. quente;
  2. gelada;
  3. de condensação.

 

  • Nas instalações de ventilação e condicionamento de ar, o projetista e o instalador devem tomar as precauções necessárias a fim de que a instalação não ocasione influências prejudiciais à vizinhança no que se refere:
  1. à temperatura;
  2. aos ruídos;
  3. à umidade;
  4. à velocidade do ar.

 

  • Nas instalações de ar condicionado, o isolamento térmico dos dutos com barreira de vapor deverá ser utilizado sempre que ocorrer risco de condensação na sua superfície externa. (espuma elastomérica)

 

O isolamento térmico exerce papel fundamental e visa:

  • Reduzir os ganhos de calor e auxiliar na conservação de energia: um sistema de isolamento térmico adequadamente projetado reduz, diretamente, as necessidades com a energia proporcionando uma economia significativa diante do seu alto custo, com aumento da produtividade;
  • Controlar as temperaturas e aumentar a eficiência operacional dos processos: por meio da redução nos ganhos de calor, o isolamento auxilia a manter a temperatura da instalação dentro do valor predeterminado, aumentando a eficiência operacional do processo. O isolamento limita a transferência de calor nos sistemas dinâmicos e a mudança brusca de temperatura, com o passar do tempo, em sistemas estáticos, principalmente quando ocorrem situações de emergência como a queda na energia elétrica ou fonte de calor.
  • Prevenir ou reduzir a condensação superficial e interna: a forma mais efetiva de controlar a condensação superficial e interna consiste em especificar uma espessura adequada de isolamento com uma efetiva barreira de vapor para que a temperatura superficial se mantenha o acima da temperatura de orvalho, afim de evitar a formação de condensação superficial e restringir a migração de umidade para o interior do sistema isolante para evitar a condensação interna.

Com isso, o isolamento térmico pode controlar potencialmente:

  • O desempenho e vida útil do sistema;
  • O desenvolvimento de fungos e, principalmente, os problemas de saúde relacionados com a água da condensação;
  • A corrosão sob o isolamento de equipamentos, tubulações, válvulas e singularidades, causada pela água agregada e encerrada dentro do sistema isolante;
  • O ruído de sistemas mecânicos, benefício agregado devido às suas características físicas.

Materiais para isolamento: lã de vidro; borracha elastomérica; espuma rígida de poliuretano e poliestireno.

Os materiais isolantes podem ser:

  1. Fibrosos (rígidos ou flexíveis): bom para altas temperaturas pois tem baixo custo e condutividade térmica baixa, não se mostram eficientes para baixas temperaturas por necessitarem de complexas barreiras de vapor que além de terem eficiência questionável, geram sujeira na obra e encarecem e aumentam o tempo de instalação do sistema;
  2. Celulares (rígidos ou flexíveis);
  3. Granulares.

 

Manutenção da Qualidade do Ar em Ambientes Hospitalares Fechados: renovação de ar com mais que 12 trocas de ar externo/ hora com uso de filtros do tipo HEPA; localização da fonte de captação de ar longe de fontes poluentes, fezes de pombos, vegetação abundante e construções; limpeza mensal dos componentes do sistema de climatização, quinzenal para os componentes hídricos e semestrais para a o sistema de dutos de ar e forros falsos.

 

Post em homenagem a minha amiga Cássia!!!!!!!!!!!!