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Resumo Estruturas Parte 2

Pilar As forças normais de compressão são preponderantes e a função principal é receber as ações atuantes nos diversos níveis e conduzi-las até as fundações. A seção transversal dos pilares, qualquer que seja a sua forma, não deve apresentar dimensão menor que 19 cm. Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm […]

Pilar

As forças normais de compressão são preponderantes e a função principal é receber as ações atuantes nos diversos níveis e conduzi-las até as fundações.

  • A seção transversal dos pilares, qualquer que seja a sua forma, não deve apresentar dimensão menor que 19 cm. Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 12 cm, desde que no dimensionamento se multipliquem as ações por um coeficiente adicional.
  • Todas as recomendações referentes aos pilares são válidas nos casos em que a maior dimensão da seção transversal não exceda 5x a menor dimensão (h ≤ 5b). Quando esta condição não for satisfeita, o pilar deve ser tratado como pilarparede.
  • Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm².

 

Paredes estruturais:

  • pela NBR-6118, a espessura das paredes estruturais não deve ser inferior a 14cm nem a 1/25 da altura livre.
  • O comprimento da seção horizontal deve ser maior do que 5 vezes a espessura para que a peça seja considerada como parede estrutural.

 

Classificação dos pilares de acordo com a sua função estrutural

  • pilares de contraventamento: são elementos rígidos que garantem que os nós da estrutura do edifício fiquem praticamente indeslocáveis. Podem ser considerados de contraventamento os pilares rígidos (e as paredes estruturais) em torno dos elevadores e escadas.
  • pilares contraventados: são pilares pouco rígidos mas com suas extremidades praticamente indeslocáveis devido ao efeito dos pilares de contraventamento. Estes pilares contraventados podem ser calculados isoladamente no trecho entre dois pisos.

 

Classificação dos pilares de acordo com a sua posição em planta

  • pilares internos: localizados no interior do pavimento.
  • pilares de extremidade: localizados nos contornos do pavimento.
  • pilares de canto: localizados no canto do pavimento.

 

pilar
Fonte: Apostila de Concreto Armado USP

 

Índice de esbeltez:

  • indica o quão esbelto é um pilar. Ele mede a facilidade ou a dificuldade que um pilar tem de flambar. É obtido pela divisão do comprimento de flambagem pelo raio de giração mínimo.
  • Se o índice de esbeltez é pequeno (pilar curto), a probabilidade de o pilar flambar é menor.
  • Se o índice de esbeltez é grande (pilar longo), a probabilidade de o pilar flambar é maior.

Os pilares podem ser classificados em:

  1. pilares robustos ou pouco esbeltos → λ ≤ λ1
  2. pilares de esbeltez média → λ1 < λ ≤ 90
  3. pilares esbeltos ou muito esbeltos → 90 < λ ≤ 140
  4. pilares excessivamente esbeltos → 140 < λ ≤ 200

A NBR 6118:2003 não admite, em nenhum caso, pilares com índice de esbeltez λ superior a 200.

Excentricidade: quando os eixos baricêntricos das vigas não passam pelo centro de gravidade da seção transversal do pilar, as reações das vigas apresentam excentricidades que são denominadas excentricidades de forma.

pilar 2
Exemplos de Excentricidade Fonte: Apostila de Concreto Armado USP

 

Armaduras transversais: constituída por estribos e, quando for o caso, por grampos suplementares, deve ser colocada em toda a altura do pilar, sendo obrigatória sua colocação na região de cruzamento com vigas e lajes.

Cobrimento das armaduras: Para garantir o cobrimento mínimo, o projeto e a execução devem considerar o cobrimento nominal, que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução.

  • Em seções poligonais, deve existir pelo menos uma barra em cada vértice; em seções circulares, no mínimo seis barras distribuídas ao longo do perímetro.
pilar 3
Fonte: Apostila de Concreto Armado USP

 

 Cobrimento de concreto:

  •  É a distância entre a face externa do pilar e a face externa do estribo, tem uma importância fundamental para a durabilidade e para a segurança da obra.
  • Um cobrimento deficiente pode deixar as barras expostas, causando a corrosão das armaduras.
  • A NBR-6118 recomenda que qualquer barra da armadura deve ter um cobrimento de concreto pelo menos igual ao seu diâmetro , mas não menor que:
  1. para concreto revestido com argamassa de espessura mínima de 1cm:
  • pilares no interior de edifícios c = 1,5 cm
  • pilares ao ar livre c = 2,0 cm

2. para concreto aparente

  • pilares no interior de edifícios c = 2,0 cm
  • pilares ao ar livre c = 2,5 cm

Definição de estribo: peças dispostas transversalmente ao elemento estrutural, com o objetivo de resistir aos esforços transversais decorrentes de forças de cisalhamento (no caso de vigas),  esforços de compressão (no caso de pilares) e auxiliar a montagem e transporte das armaduras (pilares e vigas)

Os estribos têm as seguintes funções:

  1. garantir o posicionamento e impedir a flambagem das barras longitudinais;
  2. garantir a costura das emendas de barras longitudinais;
  3. confinar o concreto e obter uma peça mais resistente ou dúctil.

Por Carolina Pepitone

Apaixonada por inovação e tendências, Carolina Pepitone é mestre em arquitetura e urbanismo pela UnB, professora de design de interiores e com mais de 15 anos de experiência em projeto

Uma resposta em “Resumo Estruturas Parte 2”

A explicação esta muito boa e bem estruturada.

Todavia, se a postagem é de 2015, não seria válido descartar informações da NBR 6118 (2003) e considerar a de 6118 (2014)?

A nova não “permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 12 cm”, mas sim “permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 14 cm”.

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