Categorias
Genérico

Vidros

Vidro: é obtido através do resfriamento de uma massa a base de sílica em fusão até se tornar rígido.

1. Principais compostos:

a. Sílica (SiO2) – Matéria prima básica (areia) com função vitrificante;

b. Óxido de Aluminio (Al2O3) – Aumenta a resistência mecânica;

c. Cloreto de Sódio (NaO4) – Afinante;

d. Óxido de Cálcio (CaO) – Proporciona estabilidade ao vidro contra ataques de agentes atmosféricos.

2. As principais características do vidro são:

  • Monolítico;
  • Plano;
  • Transparente ou translúcido;
  • Reciclável;
  • Não absorvente;
  • Tem baixa condutividade térmica;
  • Durável.

Apresenta-se em chapas, e tem sua regulamentação ditada pela ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 7199.

O vidro apresenta naturalmente um tom esverdeado que aumenta com a sua espessura. Isso deve-se à existência, na areia, de óxidos de ferro, e para anular este efeito, usa-se o dióxido de magnésio, o qual, ao oxidar os sais de ferro, dá ao vidro um tom amarelo.

Esse óxido tem uma cor violeta, sendo o amarelo complementar do violeta, as duas cores acabam por se anular opticamente, resultando um vidro incolor. O vidro incolor é usado para fins específicos, principalmente para se obter o vidro branco (pintado de branco), pois o vidro normal, quando pintado de branco, fica com tonalidade verde claro.

3. Os vidros podem ser classificados em:

a. Recozido: após conformado, é reaquecido até a temperatura de relaxamento das tensões, mantidos a esta temperatura pelo tempo necessário ao relaxamento, e resfriado controladamente até a temperatura ambiente. Desta forma alivia as tensões que normalmente surgem durante a conformação e que poderiam quebrar ou fragilizar a peça.
É mais resistente que o vidro comum e menos resistente que o vidro temperado.

b. Segurança: O vidro é chamado de segurança quando sua tecnologia de fabricação ou sua montagem permite reduzir a probabilidade dos acidentes por choques, por deformação ou por incêndio.

São eles:

I. Temperados: são vidros submetidos a um processo de aquecimento e resfriamento rápido tornando-o bem mais resistente à quebra por impacto. Apresenta uma resistência cerca de 4 vezes maior que o vidro comum. Quando fraturado em qualquer ponto se quebra em pequenos pedaços menos cortantes que o vidro recozido.

Usado para: box, esquadrias, quadra de squash, etc.

Importante: Após temperado, não podem sofrer recortes, perfurações ou lapidações, apenas polimento leve de até 0,3mm de profundidade.

II. Laminados: são constituídos por chapas de vidro intercaladas por um plástico chamado Polivinil Butiral (PVB) ou resinado (apenas para área interna). No caso de impactos o vidro laminado permanece indevassável.

Podem ser fabricados nas seguintes opções:

  • Simples – duas lâminas de vidro intercaladas por uma ou mais películas de PVB.
  • Múltiplo – três ou mais lâminas de vidro intercaladas por duas ou mais películas de PVB.
  • Curvo – vidro laminado simples com curvaturas em raios pré-definidos.

Indicações de Uso:

  • Usado para cobertura, sacadas, fachadas de edifícios, pisos e qualquer local onde o risco de acidentes por quebra do vidro possa ser crítico.
  • Por sua resistência a altas pressões d’água é indicado para aplicações em visores de piscinas e aquários.
  • A combinação de vidros metalizados de diferentes performances resulta em excelentes resultados de controle solar como transmissão e reflexão luminosa e de calor. Pode filtrar até 99,6% de radiação ultravioleta, inclusive com vidro incolor.
  • Tem a propriedade de amortecer frequências sonoras.
  • É indicado para proteger as instalações contra ações intencionais de quebra ou perfuração do vidro como, por exemplo, projéteis de armas de fogo, marretas e machados. Ideal para guaritas, bancos, vitrines, etc. No caso dos vidros balísticos, é usado um número maior de vidros e películas para dar maior resistência ao impacto das balas

III. Aramados: vidro impresso translúcido. É formado por uma chapa de vidro que contém em seu interior uma malha metálica (de aço) incorporada à massa na fabricação. Quando quebrado, esta malha tende a manter os estilhaços presos a ela.

c. Termoabsorvente: Tem a propriedade de absorver no mínimo 20% da energia irradiada pelo sol e depois emaná-las, proporcionando conforto térmico ao ambiente. São produzidos pela introdução de óxidos metálicos em sua massa que produzem as cores verde, azul, cinza e bronze

d. Termorefletor: Colorido e refletor, através de tratamento químico de uma das faces do vidro plano a alta temperatura. Tem propriedade de refletir o calor (alto teor de reflexão dos raios infravermelhos). Aplicação: refrigeração comercial, fachadas e coberturas

e. Vidro composto:

I. Vidro laminado baixo emissivo: não permite a troca de calor entre o ambiente interno e externo. Possui aparência de um vidro float incolor, pode ser temperado e sempre aplicado como vidro laminado e duplo, isola termicamente até 5 vezes mais do que um vidro transparente monolítico.

II. Vidro duplo insulado: a finalidade deste vidro é térmica e acústica. Trata-se de um sistema duplo de envidraçamento que permite aliar as vantagens técnicas e estéticas de pelo menos dois tipos diferentes de vidro, com o benefício da camada interna de ar desidratado ou gás (argônio, criptônio e xenônio). Isso já foi pergunta de prova de concurso para mim.

  • Internamente ao perfil de alumínio, há um hidrossecante, que garante a completa ausência de vapor d’água, impedindo seu embaçamento.
  • É usado para fechamento de janelas residenciais e industriais; portas de freezers e adegas; hospitais; estúdios; casa de máquinas; sala de reunião.

OBS: Colocação sempre com caixilho.

4. Quanto a visibilidade dos vidros, eles podem ser:

a. Transparente: Permite visão nítida e transmissão da luz.
b. Vidro translúcido: Permite transmissão da luz em graus de difusão.
c. Vidro opaco: Impede a passagem da luz.

5. Quanto ao acabamento da superfície, podem ser:

a. Liso: vidro transparente que apresenta leve distorção de imagens ocasionada por características do processo de fabricação.

b. Float (cristal): É o vidro transparente cujas faces são absolutamente paralelas. O processo de fabricação do vidro está sujeito à distorção de imagem por falta de paralelismo entre as superfícies. O Float Glass (Cristal), é obtido em um processo diferente, em que entram apenas a sílica e o óxido do chumbo, substâncias que dão mais brilho e maior peso ao produto, com maior controle de temperatura, produzindo lâminas de vidro com superfícies perfeitamente paralelas sem distorções de imagem, e com excelente qualidade óptica.

c. Fosco: recebe tratamento mecânico ou químico em uma ou ambas as superfícies, tornando-se translúcido. (jateado, acidato, satinado).

d. Impresso: é um vidro translúcido que recebe em uma ou ambas as faces a impressão de um desenho ou motivos ornamentais (padrão ou estampa). Pode ser utilizado temperado, curvado, espelhado e laminado.
Já existe o vidro impresso com impressão digital, imprime fotos com qualidade superior à da película.

e. Refletivo: recebe tratamento químico em uma das superfícies, tornando a outra refletiva. Tem a capacidade de bloqueio da radiação solar.

f. Serigrafado: é produzido por meio da aplicação de esmalte cerâmico (tinta vitrificada) sobre a superfície do vidro. Em seguida o vidro passa por um forno de têmpera onde os pigmentos cerâmicos passam a fazer parte dele. Ao final do processo, obtém-se um vidro temperado com textura extremamente resistente, inclusive ao atrito com metais pontiagudos.

  • A aplicação de serigrafia é aceita sobre o vidro incolor, colorido, impresso ou refletivo.
  • A serigrafia pode filtrar ou bloquear os raios solares, dependendo do desenho.
  • É considerado um vidro de segurança, pois reúne todas as vantagens do vidro temperado.

g. Gravado: sujeito a vários tratamentos a ácido ou a laser, obtendo-se desenhos.

h. Autolimpante: vidro incolor no qual é colocada uma camada de mineral fotocatalítico e hidrófilo que forma uma cobertura protetora de longa duração. É esta camada que impede o acúmulo de sujeira na superfície do vidro.

6. Quanto ao formato do vidro, ele pode ser:

a. Plano;
b. Curvo;
c. Ondulado;

d. Perfilada/u-glass: Caracteriza-se por painéis de vidro autoportantes para fechamento ou divisórias.
A estrutura de fixação é composta por leves perfis de alumínio anodizado fosco em forma de “U” que fazem todo o requadro das peças. Ao contrário das placas de vidros convencionais, dispensa o uso de caixilharia.

7. Laboração do vidro: são trabalhos executados na chapa: lapidação, furo, recorte, cava.

Categorias
Genérico

Tintas

1. A composição das tintas é formada por:

Resina + Pigmentos e Cargas + Aditivos e Solventes

a. Resina: é responsável pela formação de película/filme, pela resistência, pela lavabilidade, pela durabilidade e pela ancoragem ao substrato.

 b. Pigmentos e Cargas (carbonatos e silicatos): são responsáveis pela cor, pela cobertura, pelo acabamento e podem ser orgânicas ou inorgânicas.
OBS: quanto menos carga maior a qualidade da tinta.

 c. Aditivos e Solventes: são responsáveis pela aplicabilidade e pela secagem; são dispersantes e umectantes (otimizam a cor); tem ação anti-espuma; espessador e anti-sedimetante (reduz o escorrimento, regula a viscosidade, melhora a aplicabilidade); inibem a corrosão e são bactericidas e fungicidas.
Os solventes mais usados são: Água e Aguarrás. Servem para diminuir a viscosidade.
O excesso de solvente pode: enrugar a película, demorar a secagem e causar escorrimento.

 2. As tintas podem ser classificadas em:
• À base d’água;
• À base de solventes
A evolução das tintas está voltada para a produção de tintas à base de água, porque polui menos o ambiente e não tem cheiro.

 3. Principais propriedades das tintas:
• Rendimento;
• Durabilidade;
• Cobertura.

4. Tipos de tintas (produzidas com resinas sintéticas):

I. PVA’s ou Látex: polímero termoplástico, elástico, de baixa resistência mecânica, com boa resistência ao envelhecimento. Perde resistência ao contato prolongado com água e tem acabamento fosco.
PVA = acetato de polivinila
A indicação de uso é para forro e fachada

 II. ACRÍLICA
• Acrílica superlavável: Precisa de tempo de secagem entre as demãos de 4h, devem ser diluídas de 10% a 30% em água, são aplicadas em rolo de lã de pelo baixo.
Indicação de uso: áreas internas (ambientes que necessitam lavagens constantes: quarto de criança, cozinha, lanchonete, etc.)
• Tinta acrílica externa: mais resistente contra mofo, microfissuras.

III. ESMALTE SINTÉTICO: podem ser a base de solvente ou de água. Tem boa flexibilidade, baixa resistência à alcalinidade (não resiste a substâncias com teor alcalino alto – argamassados) e a aplicação é feita com pistola sobre base preparada com zarcão.
A indicação de uso é para madeira, ferro e alumínio.

IV. EPÓXI: precisa de mão de obra especializada, com proteção de máscara; é tóxica; precisa de catalizador próprio; é resistente a abrasão; tem alta lavabilidade; o acabamento é apenas o brilhante.
Usada para azulejos, parede e pisos

V. LACA: são compostas de um veículo volátil, resina sintética, plastificante e corante; pode-se acelerar o processo de secagem da laca com a escolha do solvente, pois elas secam completamente quando este evapora; exige severos cuidados na aplicação pois é altamente inflamável; é aplicada na pistola.
Acabamentos: brilhante, acetinada e fosca.
Utilizada para marcenaria.

 VI. POLIURETANO: tem excelente resistência à maresia, a corrosão e a abrasão; tem elevada durabilidade; não tira imperfeições como, marcas de lixa, pequenos buracos e etc.; tem alta resistência mecânica, ou seja, a riscos; é aplicada com pistola.
Usada para proteção de concreto, embarcações, etc.

 VII. PINTURA ELETROSTÁTICA: é uma pintura à pó altamente resistente. Após pintar o metal ele vai ao forno em alta temperatura e o pó da tinta funde-se com o metal.
Utilizada para a proteção de superfícies metálicas condutivas, à base de aço carbono, alumínio, latão, etc., especialmente nos casos de grande exposição a intempéries e ambientes corrosivos.

5. Tipos de acabamentos para as tintas:
a. Acabamento fosco: acumula mais sujeira; desgasta e mancha com lavagens constantes; disfarça imperfeições da base.
b. Acabamento acetinado: desgaste menor (para área externa) do que a fosca; resiste mais a limpeza do que a fosca; disfarça menos as imperfeições da base do que a fosca.
c. Semi-brilho: desgaste menor (para área externa); maior resistência a limpeza; não disfarça imperfeições da base.

6. Preparos prévios para aplicação de tinta
• Tintas PVA ou ACRÍLICO – interiores, aplicar: MASSA CORRIDA
• Tintas PVA OU ACRÍLICO exteriores/gesso/concreto, aplicar: MASSA ACRÍLICA
• Paredes novas com reboco firme, aplicar: SELADOR ACRÍLICO + MASSA + TINTA
• Paredes novas com reboco pouco firme, aplicar: FUNDO PREPARADOR+ MASSA + TINTA
• Paredes já pintadas com tinta descascando, aplicar: LIXA + FUNDO PREPARADOR + MASSA + TINTA
• Paredes externas com trinca, aplicar: FUNDO IMPERMEÁVEL P/ FACHADA + MASSA ACRÍLICA + TINTA

Categorias
Inspiração

Inspiração

Novidade do Blog!!!

Na aba INSPIRAÇÃO vou postar fotos referência para quem vai projetar, construir ou reformar.
Estão separadas por temas de interesse para facilitar a busca.

É isso!

Carol

Categorias
Estruturas

Resumo Estruturas Parte 3

Vigas

  • São elementos lineares, que apresentam uma das dimensões (comprimento) muito maior do que as outras duas (dimensões da seção transversal) e que estão submetidas a cargas perpendiculares ao seu eixo longitudinal.
  • Desenvolvem-se em suas seções transversais, solicitações de Momento Fletor (flexão) e Esforço Cortante (cisalhamento da viga).
  • O momento fletor que atua na seção (responsável pela tendência de giro) é inversamente proporcional ao momento de inércia da seção, (resistência ao giro).
  • Vigas são normalmente sujeitas a cargas dispostas verticalmente, o que resultará em esforços de cisalhamento e flexão. Quando cargas não verticais são aplicadas à estrutura, surgirão forças axiais.

 

OBS: Nas estruturas constituídas por lajes sem vigas, os esforços são transmitidos diretamente das lajes para os pilares. Nessas lajes, deve-se dedicar atenção especial à verificação de punção (tipo de ruína abrupta e perigosa por não fornecer aviso prévio).

Observações sobre Dimensionamento

  • Uma duplicação de um vão unidirecional implica em quadruplicar o peso da estrutura.
  • Os sistemas unidirecionais são de natureza hierárquica e linear, e produzem edificações com caráter polar ou dirigido. As escolhas estruturais possíveis consistem em elementos de cobertura, lajes, vigas, vigas mestras e vigas em treliça.
  • Num sistema bidirecional cada carga é suportada por no mínimo 4 pontos, e não 2. Os sistemas multidirecionais operam como grandes redes. Oferecem maior flexibilidade em relação as subdivisões espaciais internas, integração de sistemas mecânicos e acomodação de sistemas de fechamento externo. As opções são placas de lajes de duas direções, grades de vigas, vigas nervuradas e estruturas espaciais.
  • A maior vantagem da ação de armação rígida é a resistência a forças laterais.

 

 

Pórtico

  • São estruturas em que a ligação entre vigas e pilares é rígida.
  • Os pórticos são largamente utilizados no travamento de edifícios, principalmente nos elevados, nos quais as cargas horizontais dos ventos são muito significativas. No caso de uma viga simplesmente apoiada nos pilares todo o esforço é absorvido pelos pilares, impedindo a possibilidade de travamento.
  • Em um pórtico, entretanto, o vínculo entre viga e pilar é rígido, o que significa que o ângulo entre a viga e o pilar é sempre mantido para qualquer solicitação. Neste caso, os efeitos de flexão na viga também são absorvidos pelos pilares aliviando-a:
Fonte: apostila de estruturas USP
Fonte: apostila de estruturas USP

 

No caso das vigas biapoiadas, os vínculos articulado-fixo de um lado e articulado-móvel de outro, definem um sistema de uma viga simplesmente apoiada nos pilares – como o próprio nome diz. Em tal sistema, os esforços de flexão produzidos pelas cargas verticais sobre a viga são absorvidos por elas mesmas. Os esforços devidos a uma força horizontal aplicada no topo do pilar são absorvidos apenas por ele. Ambos esforços são transmitidos integralmente para as fundações.

Fonte: apostila de estruturas USP
Fonte: apostila de estruturas USP

 

Vinculações

1. Apoio Articulado Móvel (Apoio Simples)

Este tipo de apoio restringe apenas uma translação, e a reação tem direção perpendicular ao plano de rolamento.

apoio articulado 1
Fonte: apostila de estruturas USP

 

2. Apoio Articulado Fixo (Articulação)

Este tipo de apoio impede as duas translações no plano, e a direção da reação R é indeterminada, sendo comum a utilização de duas componentes, horizontal e vertical.

Fonte: Apostila de Estruturas USP
Fonte: apostila de estruturas USP

 

3. Apoio Engastado(Apoio de Engastamento Perfeito)

Este tipo de apoio impede todos os movimentos no plano, surgindo então três reações de apoio: a vertical (V), a horizontal (H) e momento (M).

apoio engastado
Fonte: apostila de estruturas USP

 

 

Tipos de Apoio de Vigas

1. Viga Bi apoiada: apoiada em dois apoios articulados, sendo um fixo e o outro móvel.

viga biapoiada
Fonte: apostila de estruturas USP

 

2. Viga em balanço: possui um apoio engastado, não sendo livre a sua rotação.

viga em balanço
Fonte: apostila de estruturas USP

 

 

3. Viga com extremidade em balanço: articulada em um apoio fixo e um apoio móvel.

viga com extremidade em balanço
Fonte: apostila de estruturas USP

 

 

Tipo de Vigas

1. Viga estrutural: é um elemento estrutural das edificações, geralmente usada no sistema laje-viga-pilar para transferir os esforços verticais recebidos da laje para o pilar ou para transmitir uma carga concentrada, caso sirva de apoio a um pilar.

  • A largura mínima da seção transversal dessas vigas deve ser de 12 cm para vigas e de 15 cm para vigas parede. Esses limites podem ser reduzidos, respeitando-se um mínimo absoluto de 10 cm em casos excepcionais.

 2. Viga de equilíbrio ou alavanca: combate o momento fletor resultante de excentricidades de carregamento em sapatas.

3. Vigas-quadro: são mais deformáveis que as vigas treliçadas planas e são recomendadas quando são necessários grandes vazios na alma para passagem de tubulações.

4. Vigas Vierendeel: é um sistema estrutural formado por barras que se encontram em pontos denominados nós, assim como as treliças. É como se dentro de um quadro rígido (com todas as articulações enrijecidas), formado por uma viga superior e uma inferior, fossem colocados montantes, e a influência de uma barra em outra provoca a diminuição nas suas deformações e, em consequência, nos esforços atuantes, permitindo que o conjunto possa receber um carregamento maior ou vencer um vão maior. O Cespe adora essa viga!!!

viga vireendel

As barras horizontais da viga Vierendeel são chamadas de membruras e as verticais, montantes. A membrura superior e os montantes estão sujeitos a esforços de compressão simples, momento fletor e força cortante. Já a membrura inferior a tração simples, momento fletor e força cortante.  

A viga Vierendeel necessita que os nós sejam rígidos, por isso deve-se usar materiais que facilitem a execução de vínculos rígidos, como o aço e o concreto armado moldado in loco. O aço, com seção tubular retangular, é o mais indicado, assim como, quando utilizado concreto armado, as seções retangulares são recomendadas pela maior facilidade de execução, porém não deixa de ser um trabalho de fôrma difícil.

São muito utilizadas quando se exige grandes vazios na alma, para passagem de tubulações ou de ventilação e iluminação, ou ainda para tornar vigas de grande porte visualmente mais leves, podendo sustentar ao mesmo tempo coberturas (na membrura superior) e pisos (na membrura inferior).

5. Viga Balcão: projetada para fora do plano, por motivos estéticos, exigências arquitetônicas ou de projeto, em forma de arco ou poligonal, apoiada em seus extremos.

 

viga balcão

6. Vigas Treliçadas:  surgiram para atender as condições de vão maiores. As treliças apresentam mais material no topo e no fundo para acomodar os esforços de compressão na extremidade superior, e tração na extremidade inferior. As diagonais dão rigidez e resistem a esforços de cisalhamento

Variando a altura, o ângulo e o espaçamento dos componentes internos é possível desenvolver um número infinito de padrões de cargas diferentes.

Podem acomodar os sistemas de controle ambiental do edifício.

Para vãos de até 30m existem em estoques vários tamanhos e formas (travessas de aço ou travessas de malha aberta).

7. Estrutura em Grelha: composta por barras que se cruzam, apoiadas em seus extremos em outras barras (vigas principais), que se apoiam sobre os pilares.

 

viga em grelha

 

Obs- Já cobrado em concurso:

  • Armadura de pele ou de costela: usadas em vigas com alturas superiores a 60cm.
  • A armadura de pele tem por função controlar a abertura de fissuras nas regiões tracionadas das vigas.

armadura de pele

Pessoal, esse assunto é bem complexo e minha intenção é apenas relembrar alguns pontos que são mais cobrados em concurso, não é uma aula!!!

Bons estudos!!! 😉

Categorias
Estruturas

Resumo Estruturas Parte 2

Pilar

As forças normais de compressão são preponderantes e a função principal é receber as ações atuantes nos diversos níveis e conduzi-las até as fundações.

  • A seção transversal dos pilares, qualquer que seja a sua forma, não deve apresentar dimensão menor que 19 cm. Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 12 cm, desde que no dimensionamento se multipliquem as ações por um coeficiente adicional.
  • Todas as recomendações referentes aos pilares são válidas nos casos em que a maior dimensão da seção transversal não exceda 5x a menor dimensão (h ≤ 5b). Quando esta condição não for satisfeita, o pilar deve ser tratado como pilarparede.
  • Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm².

 

Paredes estruturais:

  • pela NBR-6118, a espessura das paredes estruturais não deve ser inferior a 14cm nem a 1/25 da altura livre.
  • O comprimento da seção horizontal deve ser maior do que 5 vezes a espessura para que a peça seja considerada como parede estrutural.

 

Classificação dos pilares de acordo com a sua função estrutural

  • pilares de contraventamento: são elementos rígidos que garantem que os nós da estrutura do edifício fiquem praticamente indeslocáveis. Podem ser considerados de contraventamento os pilares rígidos (e as paredes estruturais) em torno dos elevadores e escadas.
  • pilares contraventados: são pilares pouco rígidos mas com suas extremidades praticamente indeslocáveis devido ao efeito dos pilares de contraventamento. Estes pilares contraventados podem ser calculados isoladamente no trecho entre dois pisos.

 

Classificação dos pilares de acordo com a sua posição em planta

  • pilares internos: localizados no interior do pavimento.
  • pilares de extremidade: localizados nos contornos do pavimento.
  • pilares de canto: localizados no canto do pavimento.

 

pilar
Fonte: Apostila de Concreto Armado USP

 

Índice de esbeltez:

  • indica o quão esbelto é um pilar. Ele mede a facilidade ou a dificuldade que um pilar tem de flambar. É obtido pela divisão do comprimento de flambagem pelo raio de giração mínimo.
  • Se o índice de esbeltez é pequeno (pilar curto), a probabilidade de o pilar flambar é menor.
  • Se o índice de esbeltez é grande (pilar longo), a probabilidade de o pilar flambar é maior.

Os pilares podem ser classificados em:

  1. pilares robustos ou pouco esbeltos → λ ≤ λ1
  2. pilares de esbeltez média → λ1 < λ ≤ 90
  3. pilares esbeltos ou muito esbeltos → 90 < λ ≤ 140
  4. pilares excessivamente esbeltos → 140 < λ ≤ 200

A NBR 6118:2003 não admite, em nenhum caso, pilares com índice de esbeltez λ superior a 200.

Excentricidade: quando os eixos baricêntricos das vigas não passam pelo centro de gravidade da seção transversal do pilar, as reações das vigas apresentam excentricidades que são denominadas excentricidades de forma.

pilar 2
Exemplos de Excentricidade Fonte: Apostila de Concreto Armado USP

 

Armaduras transversais: constituída por estribos e, quando for o caso, por grampos suplementares, deve ser colocada em toda a altura do pilar, sendo obrigatória sua colocação na região de cruzamento com vigas e lajes.

Cobrimento das armaduras: Para garantir o cobrimento mínimo, o projeto e a execução devem considerar o cobrimento nominal, que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução.

  • Em seções poligonais, deve existir pelo menos uma barra em cada vértice; em seções circulares, no mínimo seis barras distribuídas ao longo do perímetro.
pilar 3
Fonte: Apostila de Concreto Armado USP

 

 Cobrimento de concreto:

  •  É a distância entre a face externa do pilar e a face externa do estribo, tem uma importância fundamental para a durabilidade e para a segurança da obra.
  • Um cobrimento deficiente pode deixar as barras expostas, causando a corrosão das armaduras.
  • A NBR-6118 recomenda que qualquer barra da armadura deve ter um cobrimento de concreto pelo menos igual ao seu diâmetro , mas não menor que:
  1. para concreto revestido com argamassa de espessura mínima de 1cm:
  • pilares no interior de edifícios c = 1,5 cm
  • pilares ao ar livre c = 2,0 cm

2. para concreto aparente

  • pilares no interior de edifícios c = 2,0 cm
  • pilares ao ar livre c = 2,5 cm

Definição de estribo: peças dispostas transversalmente ao elemento estrutural, com o objetivo de resistir aos esforços transversais decorrentes de forças de cisalhamento (no caso de vigas),  esforços de compressão (no caso de pilares) e auxiliar a montagem e transporte das armaduras (pilares e vigas)

Os estribos têm as seguintes funções:

  1. garantir o posicionamento e impedir a flambagem das barras longitudinais;
  2. garantir a costura das emendas de barras longitudinais;
  3. confinar o concreto e obter uma peça mais resistente ou dúctil.
Categorias
Estruturas

Resumo Estruturas Parte 1

 

Fontes: NBR 6120, 6118, 12655, 8681; anotações de aulas; material de estudo do Ponto dos Concursos; apostila de Concreto Armado USP.

Sistemas estruturais são sistemas tridimensionais de resposta à forças que são ajustadas para acomodar cargas externas de qualquer direção.

Ações que atuam sobre uma estrutura de concreto armado 

As forças são designadas por ações diretas e as deformações impostas por ações indiretas. Em função de sua variabilidade no tempo, as ações podem ser classificadas como:

  1. Ações permanentes;
  2. Ações variáveis;
  3. Ações excepcionais.

 1. Ações Permanentes: ocorrem com valores praticamente constantes, ou com pequena variabilidade em torno de sua média, ao longo de toda a vida útil da construção. Este tipo de carga é constituído pelo peso próprio da estrutura e pelo peso de todos os elementos construtivos fixos e instalações permanentes. As ações permanentes são divididas em:

a) Ações permanentes diretas: são constituídas pelo peso próprio da estrutura, dos elementos construtivos fixos, das instalações e outras como equipamentos e empuxos.

b) Ações permanentes indiretas: são constituídas por deformações impostas por retração do concreto, fluência, recalques de apoios, imperfeições geométricas e protensão.

OBS:Quando forem previstas paredes divisórias, cuja posição não esteja definida no projeto, o cálculo de pisos com suficiente capacidade de distribuição transversal da carga, quando não for feito por processo exato, pode ser feito admitindo, além dos demais carregamentos, uma carga uniformemente distribuída por metro quadrado de piso não menor que um terço do peso por metro linear de parede pronta, observado o valor mínimo de 1 kN/m2.

As cargas de natureza permanente que atuam nas lajes são compostas basicamente por:

  • Peso próprio da laje;
  • Peso da regularização;
  • Peso do enchimento;
  • Peso do revestimento;
  • Peso das alvenarias sobre as lajes.

Quando o carregamento das paredes são aplicados diretamente sobre as vigas, são considerados lineares. Quando aplicados sobre as lajes, são distribuídos sobre sua superfície, tornando-se superficiais.

2. Ações Variáveis: variam de intensidade de forma significativa em torno de sua média, ao longo da vida útil da construção. São classificadas em diretas, indiretas e dinâmicas.

a) Ações variáveis diretas: são constituídas pelas cargas acidentais previstas para o uso da construção, pela ação do vento e da chuva, devendo respeitar as prescrições feitas por normas específicas. Como cargas verticais previstas para o uso da construção tem-se: cargas móveis (considerando o impacto vertical), impacto lateral, força longitudinal de frenação ou aceleração, força centrífuga.

Obs: Cargas Acidentais para a NBR-8681 são “as ações variáveis que atuam nas construções em função de seu uso (pessoas, mobiliário, veículos, materiais diversos, etc).”

b) Ações variáveis indiretas: são causadas pelas variações da temperatura, podendo ser com variação uniforme e não uniforme de temperatura.

c) Ações dinâmicas: quando a estrutura, pelas suas condições de uso, está sujeita a choques ou vibrações, os respectivos efeitos devem ser considerados na determinação das solicitações e a possibilidade de fadiga deve ser considerada no dimensionamento dos elementos estruturais

Fadiga: É o efeito observado em estruturas com estado de tensões bem abaixo da tensão de ruptura quando se pode desenvolver um acúmulo do dano com cargas cíclicas continuadas conduzindo a uma falha do componente ou estrutura.

Condições peculiares: Nos compartimentos destinados a carregamentos especiais, como os devidos a arquivos, depósitos de materiais, máquinas leves, caixas-fortes etc., não é necessária uma verificação mais exata destes carregamentos, desde que se considere um acréscimo de 3 kN/m2 no valor da carga acidental.

3. Ações Excepcionais:  São de duração extremamente curta e com muito baixa probabilidade de ocorrência durante a vida útil da construção. Devem ser consideradas no projeto se seus efeitos não puderem ser controlados por outros meios. São exemplos os abalos sísmicos, as explosões, os incêndios, choques de veículos, enchentes, etc.

 Espécie de cargas atuantes em estruturas

1.Cargas estáticas: são preponderantes na maioria das construções. Incluem: peso fixo de maquinarias, carga prevista dos ocupantes e materiais de construção.

2.Cargas dinâmicas: carros passando por cima da ponte.

3.Cargas vivas: incluem todas as cargas menos o peso próprio da estrutura. Ex: ocupantes, mobília, maquinarias, neve, chuva, vento, terremoto, etc.

4.Cargas mortas: o peso dos materiais estruturais e dos componentes que constituem a edificação.

5.Cargas de vento: são cargas dinâmicas, mas são tratadas como cargas estáticas equivalentes.

6.Cargas térmicas: exigem juntas de dilatação/expansão.

 

Estado limite

Estados limites de uma estrutura: estados a partir dos quais a estrutura apresenta desempenho inadequado à finalidade da construção.

1. Estados limites últimos: estados que pela sua simples ocorrência determinam a paralisação, no todo ou em parte, do uso da construção. São caracterizados por:

  • perda de equilíbrio, global ou parcial, admitida a estrutura como corpo rígido;
  • ruptura ou deformação plástica excessiva dos materiais;
  • transformação da estrutura, no todo ou em parte, em sistema hipostático;
  • instabilidade por deformação; e
  • instabilidade dinâmica.

2. Estados limites de utilização: estados que pela sua ocorrência, repetição ou duração causam efeitos estruturais que não respeitam as condições para o uso normal da construção, ou que são indícios de comprometimento da durabilidade da estrutura. São caracterizados por:

  • danos ligeiros ou localizados, que comprometam o aspecto estético da construção ou a durabilidade da estrutura;
  • deformações excessivas, que afetem a utilização normal da construção ou seu aspecto estético; e
  • vibrações de amplitude excessiva.

 

Em relação à estabilidade da estrutura de concreto armado, os Apoios são classificados em 3 tipos:

1.Hipostáticos:

  • O número de vínculos é insuficiente
  • Não são estáveis
  • Não possuem equilíbrio estático
  • Tendo, por isso, algum movimento (grau de liberdade) não restringido

2.Isostáticos

  • Número de vínculos estritamente necessários para impedir qualquer movimento.

3.Hiperestáticos

  • Número de vínculos superior ao necessário para impedir qualquer movimento.

 

Relembrando as principais forças que atuam nas estruturas

  • Força Axial: tração e compressão. Quando você puxa um barbante, está exercendo sobre ele uma força axial, chamada de tração;
  • Flexão: acontece quando você tenta dobrar uma barra. Um barbante, por exemplo, não tem rigidez à flexão, pois você pode dobrá-lo sem fazer nenhuma força. A força que mede o grau de flexão é chamada de momento fletor;
  • Torção: provoca um giro em torno de seu próprio eixo, consequência do momento torçor aplicado;
  • Cortante: é a força gerada pela tentativa de seccionar uma peça, empurrando uma parte para cima e outra para baixo, com forças bem próximas. O corte de uma tesoura provoca a ruptura do papel por cisalhamento. A tensão que surge é chamada de tensão de cisalhamento.

OBS- Já cobrado em concursos:

  • Em edifícios muito altos, acima de 25 pav. a estrutura metálica é mais recomendada e exige contraventamento.
  • O concreto é um material de fácil manutenção e conservação e seu custo, no Brasil, é menor que o do aço.
Categorias
Genérico

Semiótica

 

Este post contou com a colaboração da minha amiga e desenhista industrial Virgínia!!! Obrigada Virgínia!

 

Signo: é composto por sua forma física e por um conceito mental, que corresponde a uma apreensão da realidade externa. Como meios de comunicação visual, os signos visuais podem assumir categorias diferentes de acordo com o seu significado. É um recurso que permite comunicar conceitos complexos de maneira simples.

 

  1. Indícios ou índices: comunica uma mensagem que não está completa, apenas é sugerida. São indicativos.

Todas as sugestões são índices.

Ex.: Pegadas na lama => alguém passou por aqui.

 

Índice
Índice

 

O índice, ou parte representada de um todo anteriormente adquirido pala experiência subjetiva

ou pela herança cultural.

Ex.: onde há fumaça, logo há fogo.

Quer dizer que por meio de um índice (causa) tiramos conclusões.

2. Sinais: transmitem uma informação que é percebida por todos da mesma maneira. São simples, de apreensão rápida e servem para informar ou identificar locais e serviços. É preciso que as pessoas conheçam antecipadamente o código de sinal.

 

 

sinais de trânsito
Sinais

 

 

3. Símbolo: é uma imagem de marca e de identidade e só são percebidos por quem os conhece. Não tem relação com o que é representado. Ex: a cor verde representa esperança.

Símbolo
Símbolo

 

 

4. Ícones: são signos visuais diretos, há uma relação direta entre o real e a imagem representada. Representa o objeto por similaridade.

 

icones

 

 

 

Por hoje é so!!!!

Categorias
Sistemas Prediais

Sistemas prediais: Climatização

Resumo de Ar Condicionado

 

Conceitos:

Condicionamento de ar: processo pelo qual são controlados simultaneamente a temperatura, a umidade, a movimentação e a pureza do ar em recintos fechados.

Ar condicionado: ar resultante do processo de condicionamento

Tratamento de Ar: processo pelo qual são controladas uma ou mais condições características do ar, sem assegurar o controle simultâneo da temperatura e da umidade.

Instalação de condicionamento de ar: conjunto de máquinas, canalizações e partes complementares que é capaz de realizar o condicionamento de ar em um ou mais recintos.

Zona de conforto: zona de carta psicométrica que compreende pontos representativos da temperatura efetiva correspondentes a condições de sensação térmica julgada de conforto por um grupo de pessoas, de determinado local, submetidas a controle estatístico.

  • a diferença entre as temperaturas simultâneas do termômetro seco em 2 pontos quaisquer do recinto, não deve ultrapassar 2ºC.
  • o ar deve ser continuamente filtrado e renovado
  • os níveis de ruído, nos recintos condicionados devem ser limitados de acordo com a finalidade de ocupação do recinto
  • o ar introduzido deve ser totalmente filtrado e parcialmente renovado.

Operações do tratamento do ar:

1. Purificação: consiste na eliminação das partículas sólidas e até mesmo líquidos (fog) que se arrasta em suspensão. É feita por meio dos seguintes dispositivos:

  • câmaras de retenção de pó
  • filtros secos
  • filtros de carvão ativado
  • filtros úmidos
  • lavadores de ar
  • filtros eletrostáticos

 

2. Aquecimento: obtido diretamente por meio de resistências elétricas e caloríferos (caldeiras de ar) ou indiretamente por meio de serpentinas de água quente, vapor ou mesmo fluido frigorígeno trabalhando em ciclo reverso.

 

3. Umidificação: consiste no aumento do seu conteúdo de umidade, o que se consegue por meio de:

  • injetores de vapor
  • recipientes com água, que é vaporizada por aquecimento
  • borrifadores de água quente ou fria

 

4. Refrigeração: a refrigeração pura do ar é obtida colocando-o em contato com uma superfície fria, a uma temperatura igual ou superior a sua temperatura de orvalho:

  • serpentina evaporadora de uma instalação de refrigeração (resfriado por expansão direta)
  • serpentina de água gelada (resfriado por expansão indireta)
  • borrifadores de água gelada
  • serpentina resfriadora com borrifadores de água

 

5. Desumidificação: consiste na redução de seu conteúdo de umidade (secagem). Essa operação é obtida por meio de refrigeração, por meios químicos e por adsorção.

  • Secagem do ar por meio da refrigeração se dá quando a temperatura da superfície fria (temperatura de orvalho do equipamento) é inferior à temperatura de orvalho do ar em tratamento

A determinação da temperatura de orvalho do equipamento, juntamente com a quantidade de ar a ser tratado, é um dos aspectos mais importantes do condicionamento de ar.

  • A secagem por adsorção consiste em retenção da umidade por meio de substâncias porosas como a sílica-gel.

Sistemas de condicionamento de ar – quanto ao tratamento do ar:

  1. simples aquecimento
  2. simples refrigeração
  3. simples desumidificação
  4. simples umidificação
  5. condicionamento completo

Quanto a localização do equipamento:

  • Local (aparelhos de janela): indicada para pequenos ambientes, onde a distância do ar tratado pode ser feita por insuflamento e retorno direto do aparelho. Podem proporcionar aquecimento também.
  • Pequenas centrais (unidades compactas): caixa horizontal ou armário vertical que funcionam com condensação de ar ou água. O aquecimento é direto, por meio de resistências, ou indireto, por meio de reversão do ciclo de refrigeração. Indicados para ambientes de tamanho médio (residências, apartamentos, pequenas lojas, escritórios particulares) e dispensam elementos acessórios como torres de arrefecimento e caldeiras de água quente.
  • Grandes centrais: grandes instalações nas quais todo equipamento de ar condicionado é localizado em sala de máquinas adequada. São indicados para grandes ambientes como cinemas, teatros, salas de conferências, etc.
  • Semicentrais: grandes instalações de ar condicionado nas quais, para facilitar a distribuição do ar, os condicionadores são repartidos pelo prédio, centralizando-se na casa de máquinas apenas uma parte do equipamento, por exemplo:
  1. Sistema de recuperação da água de condensação (torre de arrefecimento)
  2. Sistema de aquecimento (caldeira de água quente)
  3. Sistema de refrigeração (preparador de água gelada)

 

Sistema de expansão direta

 

  • No evaporador de expansão direta, é o próprio fluido refrigerante do sistema de refrigeração que realiza o processo de resfriamento final, ou seja, a retirada de calor do meio que se quer resfriar.
  • Em um condicionador de ar de janela, o ar do ambiente climatizado entra em contato com a serpentina do evaporador, por dentro da qual evapora o fluido refrigerante do sistema de refrigeração
  • O sistema VRF e o sistema Split são sistema de expansão direta e contam com unidade de condensadores e evaporadores de ar.

 

Sistema de expansão indireta

 

  • No evaporador de expansão indireta, existe um fluido intermediário entre o refrigerante do sistema de refrigeração, e o meio que se quer resfriar. Ou seja, o refrigerante do sistema de refrigeração irá resfriar um fluido intermediário, e este fluido é que irá retirar calor do meio a ser resfriado. Então, em um sistema de condicionamento de ar de grande porte do tipo chiller, o gás refrigerante do sistema de refrigeração (chiller) realiza o resfriamento de água, produzindo água gelada. Esta água gelada é que irá resfriar o ar dos ambientes climatizados, no fan-coil.

 

chiller
Chiller

 

  • Chiller= sistema de resfriamento da agua
  • A agua resfriada no CHILLER, instalado na casa de maquinas, é conduzida para os andares por meio de dutos isolados termicamente. A agua utilizada retorna a central e é novamente resfriada
  • O Chiller pode ser instalado em qualquer lugar, sendo que ao ar livre precisa ser cabinado

 

Sistema de água gelada com chiller a água

  • Componentes principais
  • Fan-coil
  • Termostato
  • Válvulas de controle de vazão de água
  • Rede de tubos de distribuição de água gelada
  • Bombas de água gelada
  • Chiller condensação a água
  • Bomba de água de condensação
  • Rede de tubos de distribuição de água de condensação
  • Torre de arrefecimento

Vantagens

  • flexibilidade com relação a quantidade de fan-coil e a sua localização em relação a central de água gelada
  • A carga elétrica instalada é menor se comparado com os sistemas unitários (simultaneidade de carga)
  • Ponto de energia concentrado na central
  • Não tem restrições de altura e distância entre o chiller e os fan-coil, e entre o chiller e a torre de arrefecimento
  • Não causa impacto arquitetônico, típico da locação de unidades condensadoras dos sistemas unitários
  • Permite TERMOACUMULAÇÃO
  • É mais eficiente que o chiller a ar
  • O chiller não precisa ficar no ambiente externo

Desvantagem:

  • Custo de instalação mais elevado (+ torre, bombas e tubulações)
  • Consumo de água devido a evaporação na torre
  • Os custos de manutenção maiores

O sistema de água gelada consiste em uma central onde uma ou mais unidades de ar de expansão indireta são operadas e controladas de forma independente das demais e, ainda são supridas com água gelada produzida numa central frigorífica que é constituída por um ou mais grupos refrigeradores de água e distribuídas por bombas, em circuito fechado.

 

  • Fain Coil = sistema de resfriamento do Ar e não da agua

Unidade de tratamento de ar, composto por um ventilador e um trocador de calor (serpentina água-ar)

 

Fan-coil
Fan-coil

 

Função: Tratar o ar (resfriar/desumidificar e filtrar). Principais tipos:

  • Fan-coil para dutos
  • Fan-coil aparente tipo hi-wall
  • Fan-coil aparente tipo piso/teto
  • Fan-coil aparente tipo cassete

 

Termoacumulação

O Sistema de Termoacumulação utiliza tanques de água gelada ou gelo que armazenam carga térmica durante a madrugada, quando o custo de energia é baixo.

 

Principais benefícios:

  • Redução do tamanho da CAG (CENTRAL DE ÁGUA GELADA), conseqüentemente, do custo inicial dos equipamentos que compõem o sistema de climatização;
  • Deslocamento de carga para fora do horário de ponta do sistema;
  • Redução de potência instalada, proporcionando um novo contrato de energia;
  • Redução de investimento com cabine primária ou secundária;
  • Aproveitamento das diferentes modalidades de tarifas para reduzir o custo de energia;

 

Tubulação

  • As tubulações de água, utilizadas em condicionamento de ar, são essencialmente para o transporte de água:
  1. quente;
  2. gelada;
  3. de condensação.

 

  • Nas instalações de ventilação e condicionamento de ar, o projetista e o instalador devem tomar as precauções necessárias a fim de que a instalação não ocasione influências prejudiciais à vizinhança no que se refere:
  1. à temperatura;
  2. aos ruídos;
  3. à umidade;
  4. à velocidade do ar.

 

  • Nas instalações de ar condicionado, o isolamento térmico dos dutos com barreira de vapor deverá ser utilizado sempre que ocorrer risco de condensação na sua superfície externa. (espuma elastomérica)

 

O isolamento térmico exerce papel fundamental e visa:

  • Reduzir os ganhos de calor e auxiliar na conservação de energia: um sistema de isolamento térmico adequadamente projetado reduz, diretamente, as necessidades com a energia proporcionando uma economia significativa diante do seu alto custo, com aumento da produtividade;
  • Controlar as temperaturas e aumentar a eficiência operacional dos processos: por meio da redução nos ganhos de calor, o isolamento auxilia a manter a temperatura da instalação dentro do valor predeterminado, aumentando a eficiência operacional do processo. O isolamento limita a transferência de calor nos sistemas dinâmicos e a mudança brusca de temperatura, com o passar do tempo, em sistemas estáticos, principalmente quando ocorrem situações de emergência como a queda na energia elétrica ou fonte de calor.
  • Prevenir ou reduzir a condensação superficial e interna: a forma mais efetiva de controlar a condensação superficial e interna consiste em especificar uma espessura adequada de isolamento com uma efetiva barreira de vapor para que a temperatura superficial se mantenha o acima da temperatura de orvalho, afim de evitar a formação de condensação superficial e restringir a migração de umidade para o interior do sistema isolante para evitar a condensação interna.

Com isso, o isolamento térmico pode controlar potencialmente:

  • O desempenho e vida útil do sistema;
  • O desenvolvimento de fungos e, principalmente, os problemas de saúde relacionados com a água da condensação;
  • A corrosão sob o isolamento de equipamentos, tubulações, válvulas e singularidades, causada pela água agregada e encerrada dentro do sistema isolante;
  • O ruído de sistemas mecânicos, benefício agregado devido às suas características físicas.

Materiais para isolamento: lã de vidro; borracha elastomérica; espuma rígida de poliuretano e poliestireno.

Os materiais isolantes podem ser:

  1. Fibrosos (rígidos ou flexíveis): bom para altas temperaturas pois tem baixo custo e condutividade térmica baixa, não se mostram eficientes para baixas temperaturas por necessitarem de complexas barreiras de vapor que além de terem eficiência questionável, geram sujeira na obra e encarecem e aumentam o tempo de instalação do sistema;
  2. Celulares (rígidos ou flexíveis);
  3. Granulares.

 

Manutenção da Qualidade do Ar em Ambientes Hospitalares Fechados: renovação de ar com mais que 12 trocas de ar externo/ hora com uso de filtros do tipo HEPA; localização da fonte de captação de ar longe de fontes poluentes, fezes de pombos, vegetação abundante e construções; limpeza mensal dos componentes do sistema de climatização, quinzenal para os componentes hídricos e semestrais para a o sistema de dutos de ar e forros falsos.

 

Post em homenagem a minha amiga Cássia!!!!!!!!!!!!

 

Categorias
Urbanismo

Urbanismo: propostas para um novo ambiente urbano

Esse post pode ajudar na hora da redação…esse tema é recorrente! Boa leitura!

 

Propostas para um NOVO AMBIENTE URBANO. Considerações:

 

  1. O desenvolvimento nacional e o desenvolvimento urbano são interdependentes.
  2. Todos os investimentos públicos devem ser mediados pela cidadania organizada.
  3. O avanço da democracia depende da universalização dos serviços públicos urbanos.
  4. Favela é patrimônio urbano e cultural. Portanto, deve ser urbanizada e regularizada.
  5. Asfalto não é mobilidade: o modelo rodoviarista está esgotado e é incompatível com cidades ambientalmente sustentáveis.
  6. É claro: pedestre antes de carro; calçada antes de rua; espaços públicos antes de obras de trânsito; transporte público antes de privado.
  7. Construções devem estar na cidade consolidada, com infraestrutura, sem ampliar a ocupação urbana.
  8. Cidades precisam ser permanentemente projetadas, como função de Estado, e não de governo.
  9. É preciso resgatar a cultura de planejamento e projetos completos para reduzir custos, aumentar a qualidade das obras e combater a corrupção.
  10. Cidades metropolitanas equilibradas têm estatuto próprio e políticas que articulam seus problemas essenciais: mobilidade, habitação, saneamento, saúde e educação.

 

Boas ideias para desenvolver uma redação, certo?

 

 

Categorias
Resumo de Livros

Energia na Edificação, Estratégia para minimizar seu consumo. Lúcia R. De Mascaró

Olá pessoal,

Esse é um resumo de partes que considero importantes de um livro muuuuuito cobrado em concursos, principalmente do CESPE. Recomendo a leitura do livro todo!

Clima: feição característica e permanente do tempo, num lugar, em meio as suas infinitas variações. É composto por fatores Estáticos (posição geográfica e relevo) e fatores Dinâmicos (temperatura, umidade, movimento do ar e radiação)

 As taxas de ganho ou perda de calor do edifício dependem de:

  • Diferença entre a temperatura interior e exterior
  • Localização, orientação, forma e altura do edifício
  • Características do entorno natural e construído
  • Ação da Radiação Solar e Térmica
  • Ação do Vento
  • Desenho e Proteção das Aberturas para iluminação e ventilação
  • Localização dos equipamentos de climatização

Latitude

  • Quanto maior a latitude, maior a importância da orientação em relação à radiação térmica.
  • A medida que diminui a latitude, a orientação em função da radiação perde importância.

 Superfície

  • A evaporação tende a ser maior nas superfícies impermeáveis.

Orientação

  • A melhor orientação da edificação é na direção do vento dominante favorável, nas maiores latitudes. A orientação em relação aos ventos dominantes favoráveis chega a dispensar o uso de energia operante.

Orientação e radiação

  • Varia segundo a latitude, forma, altura, época do ano, orientação e entorno.

Forma

  • Influencia na carga térmica recebida. Quanto mais alongada no sentido N – S, menor carga térmica recebe. A maior quantidade de carga térmica recebida é para um edifício alongado no sentido L – O.
  • O nº de andares minimiza a carga térmica recebida pelo edifício em função da latitude.
  • Os edifícios térreos são, em todos os casos, os que recebem maior carga térmica (independente da latitude), agravando-se em latitudes menores. 

Obs: sempre a face que mais recebe calor é a cobertura, por isso quanto mais baixo, maior a carga térmica recebida.

Sítio

  • Pode melhorar o desempenho energético do edifício: o desenho do sítio, o aproveitamento das características positivas e a proteção contra as negativas. A superfície do entorno é capaz de controlar a radiação difusa. Plantas de grande porte podem amenizar a temperatura do ar.

Topografia – As variações topográficas determinam os ganhos e perdas de energia do edifício por meio de influência nas condições meso e microclimáticas.

  • Altitude: quanto maior a altitude, menor a temperatura.
  • Declividade: influenciam a velocidade e direção do vento e indiretamente a da temperatura.
  • Fator de reflexão(do entorno e da superfície exterior): relação entre a radiação refletida e a radiação total recebida. Cor, material e textura são elementos importantes para reflexão.

Ilhota térmica

  • As superfícies de pedra e asfalto absorvem e armazenam mais calor que a vegetação e a terra. Durante a noite essas superfícies resfriam-se lentamente. Além disso, os edifícios tendem a reduzir as correntes de ar e diminuir o resfriamento das superfícies do entorno por convecção. As áreas densamente povoadas atingem temperaturas muito mais altas do que as áreas suburbanas.

Ventos

  • Geralmente a velocidade do vento é menor na cidade do que no campo.
  • Inversão térmica: o efeito ilhota térmica, unido à poluição, segura o calor nos centros urbanos. A camada de SMOG dificulta a dispersão térmica por convecção.
  • Só o resfriamento noturno, o vento ou a chuva podem quebrar uma situação de inversão térmica. (região quente e seca)
  • Os efeitos da urbanização na ventilação urbana podem ser otimizados por meio da altura relativa, forma e distância entre os edifícios.

Plano de escolha de sítio para minimizar o consumo de energia:

  1. Uso da escala macroclimática para determinar a demanda de energia para a região considerada.
  2. Aplicação da informação climática aos efeitos topográficos e urbanos
  3. Estudar a localização, orientação, ventilação cruzada nas regiões quentes.
  4. Na região sul: otimizar o ganho térmico no inverno e proteger dos ventos desfavoráveis.

Traçados das vias urbanas

  • Ruas paralelas à direção dos ventos dominantes formam canais de ar que penetram com mais profundidade na zona urbana. A largura das ruas melhora a ventilação.
  • Ruas perpendiculares aos ventos dominantes tem o fluxo de ar principal situado acima do nível dos prédios. A largura das ruas tem pouco efeito sobre a ventilação global.

 Ventilação em nível de grupamento

  • Edifícios paralelos entre si, em que domina a altura em relação a outras medidas: distância 7xH entre os prédios para ventilação.
  • Edifícios intercalados é uma solução vantajosa.
  • Edifícios a 45º só recebem 50% da velocidade dos ventos.

Vegetação

  • Mesclar arbustos e árvores de caule liso e copa alta
  • Grandes áreas gramadas aumentam a velocidade do vento ao nível do solo

Formas de transmissão de calor: São 3 formas

  1. Condução: calor transmitido diretamente de uma parte do objeto para outra
  2. Convecção: calor transmitido por fluido em movimento
  3. Radiação: qualquer objeto pode radiar calor, o principal é o sol.
  • Transmissão de calor por onda longa: o sol
  • Transmissão de calor por onda curta: as superfícies

OBS: Porto Alegre é a cidade brasileira com maior incidência de radiação solar no verão.

Radiação Solar

  • A radiação solar direta é menor nas regiões quente-úmidas.
  • É intensa sobre a cobertura e como solução indica-se: reduzir ao mínimo a exposição solar. Considera-se a superfície horizontal coberta pelo telhado. A forma da cobertura só deve ser considerada se a inclinação do telhado for maior que o ângulo formado entre o sol e o horizonte.
  • Com a altura da edificação aumenta a perda térmica por convecção (devido ao movimento natural do ar), aumenta a exposição à radiação solar e aos ventos desfavoráveis do inverno (regiões com estação fria).

 Reflexão das superfícies

  • Cor: boa indicadora de reflexão da radiação solar, mas não tem bom desempenho em relação à radiação térmica.
  • Metais polidos: refletem grande proporção da radiação térmica.

Uma superfície branca se manterá mais fresca que uma superfície de alumínio polido quando exposta a radiação solar e ao céu claro. A superfície branca absorve mais radiação solar que o alumínio, mas emite radiação solar com mais facilidade. Em Porto Alegre a redução de calor que entra no local, se o telhado tiver pintado de branco, é de 1/3.

Se as mesmas superfícies forem expostas ao sol e ao entorno quente, o alumínio polido se manterá mais fresco. Não acontece o mesmo para superfícies pintadas de alumínio.

  • Nas regiões quente-úmidas um grande fator de reflexão de radiação solar do envolvente edificativo é importante.
  • Nas regiões quente-secas uma grande emissividade não tem o mesmo valor.

 Convecção sobre as superfícies expostas a radiação

Clima quente-úmido: a convecção em superfícies expostas a radiação é desejável, pois o movimento do ar tende a esfriá-las por evaporação. Portanto deve-se aproveitar plenamente os ventos da região. Opções:

  • Escolha de lugares altos
  • Orientação da declividade da cobertura para os ventos dominantes
  • Evitar zonas neutras entre edifícios adjacentes

Convecção nas superfícies internas

  • O movimento do ar próximo a cobertura, retira o calor que atravessa a cobertura.
  • Pinta-se uma faixa escura no telhado, para direcionar a saída do ar.

 Isolamento térmico

  • Isolamento por resistência: resiste a passagem de calor constante, proporcionado por materiais de baixa condutividade térmica.
  • Para o clima quente-úmido, o uso do quebra-sol pode substituir a própria parede, fornecendo sombra e ventilação permanente.
  • Em coberturas a existência de uma câmara de ar é uma solução para a transmissão de calor, por isso o forro é indispensável. No clima quente-úmido a câmara de ar deverá ser ventilada. Já nos climas com estações de verão e inverno é conveniente que a câmara não seja ventilada.
  • Em paredes a carga térmica recebida em clima quente-úmido é menor do que a recebida em clima quente-seco

Ventilação – A ventilação constante tem 3 funções:

  1. Dar conforto ao usuário (para climas quente-úmido) reduzindo a umidade do interior.
  2. Manter a qualidade do ar (clima quente-seco com estação fria), que é a ventilação higiênica. Deve ser produzida na parte superior do cômodo, longe do usuário.
  3. Resfriamento das superfícies interiores (convecção no forro)

A ventilação natural depende de fatores fixos como:

  1. Forma e características construtivas do edifício
  2. Forma e posição dos edifícios e espaços abertos vizinhos
  3. Localização e orientação do edifício
  4. Posição, tamanho e tipo de aberturas

E de fatores variáveis como:

  1. Direção, velocidade e frequência do vento
  2. Diferença de temperatura interior e exterior

A localização relativa dos prédios, levando em consideração a medida máxima, comprimento, largura, altura e orientação em relação à direção do vento, será fundamental para a ventilação natural.

Efeitos aerodinâmicos dos ventos

  1. Efeito barreira: a edificação barra o vento. Acontece em edificações horizontal com comprimento mínimo =8xh, com lâminas paralelas. Para reduzir o efeito barreira coloca-se ortogonalmente (perpendicular) saliências na sua superfície.
  2. Efeito Venturi: fenômeno de funil, formado por 2 edifícios próximos, cujos eixos formam ângulo agudo ou reto. Para que o efeito Venturi exista é preciso que:
  • A altura dos prédios seja maior que 15m (5 andares)
  • A soma do comprimento dos edifícios tenha 200m
  • A parte superior e inferior da fachada maior esteja livre de construção, numa mesma ordem de grandeza do funil.

As formas curvas aumentam o efeito do fenômeno, e se o funil for comprido produzirá um túnel aerodinâmico. Utiliza-se o efeito Venturi para ventilar os espaços urbanos, cuja localização seja desfavorável ao aproveitamento dos ventos locais.

3. União de zonas de pressão diferentes: efeito diretamente ligado a altura das edificações, em edifícios dispostos ortogonalmente(perpendicularmente) à direção dos ventos.

4. Efeito malha: edificações justapostas formando um bolso no centro produz uma zona protegida do vento, com aberturas inferiores a 25% do perímetro dos edifícios.

5. Aberturas sob a edificação (pilotis): quanto maior é a altura do pilotis, maior é o efeito da zona de baixa pressão (ou sucção). O efeito existe até aberturas de 5 andares.

6. Efeito de canto: resulta da união dos ângulos de edifício formado por fachadas em pressão positiva e em sucção (negativa). No caso de edifícios-torre, existe um espaçamento crítico (2x a transversal da torre).

7. Efeito canalização: acontece quando o corredor é bem definido e estreito (l=3xh).

8. Efeito pirâmide: As superfícies irregulares da edificação dissipam a energia do vento em todas as direções.

9. Efeito wise: ocorre em edifícios com mais de 5 andares, e piora quando ocorre uma construção baixa localizado a uma distância próxima a altura do edifício. É um rolo turbulento, incômodo, cuja direção pode ser vertical.

10. Efeito esteira: circulação do fluxo de ar em redemoinhos na parte posterior do edifício.

 Zonas de Baixa Pressão

As decisões básicas de projeto definem a zona de baixa pressão produzidas a barlavento do edifício. São de total responsabilidade do projetista os efeitos positivos e negativos das condições de ventilação provocados pela presença do prédio no seu entorno e a maximização ou minimização do consumo de energia do edifício em questão e dos próximos a ele.

  • A medida de que a profundidade do edifício aumenta, a profundidade da zona de baixa pressão diminui.
  • Quanto mais alto for o edifício, mais profunda a zona de baixa pressão, mas a forma de distribuição de ar é a mesma.
  • A profundidade da zona de sucção corresponde à altura do telhado, não importando se a altura inicial do edifício aumentou.
  • Os edifícios perpendiculares à direção do vento proporcionam uma zona de sucção maior.

Ventilação: o movimento do ar é afetado por 2 fatores: a distribuição da pressão no edifício e a inércia do movimento do ar. Recomendações em relação aos climas:

  • Frio e seco: ventilação higiênica
  • Quente, frio e úmido: aberturas mais amplas.
  • Quente: velocidade do ar >= 2m/2 e frio 1m/s
  • Quente e seco: ventilação higiênica

Ventilação interna: o que determina a sensação de refrescamento é a velocidade do ar e não o volume. No ambiente interno:

  • Deverá ter uma entrada e uma saída de ar
  • A abertura de entrada deve estar na zona de alta pressão e a de saída na de baixa pressão
  • A orientação de abertura deve ser frontal ao vento, mas quando as temperaturas médias forem muito elevadas recomenda-se posicionar o edifício perpendicularmente ao vento
  • A ventilação mais adequada é o vento entrado pelo estar e dormitórios e saindo pela área de serviço
  • Deve haver uma proporção de área aproximadamente igual entre entrada e saída de ar. Para melhor controle da ventilação interior, a combinação de pequenas e grandes aberturas em diferentes alturas é a melhor
  • A velocidade do ar ao nível do usuário, nas melhores condições, será de 30 a 40% da velocidade do vento livre
  • Podem-se obter condições de ventilação satisfatórias com ângulos de até 50º de um lado e outro da perpendicular da direção do vento
  • O ideal é a saída de ar ser mais larga que a entrada

 Ventilação cruzada: refere-se a aberturas a áreas de pressão e sucção do exterior.

Ventilação de conforto: entrada do ar embaixo e saída em cima.

 Janelas

  • Abertura simples (correr): área de ventilação 50%
  • Pivotante horizontal: mais eficiente do ponto de vista da ventilação. Para abertura 30º apresentam problemas, pois a área real de abertura é reduzida. O modelo ideal é a que possibilita a separação do fluxo quente e frio. Pode direcionar o fluxo.
  • Pivotantes verticais: não possibilitam a separação entre ar quente e frio, mas propiciam uma ventilação boa.

 Controle da Luz Natural

  • Do ponto de vista da iluminação natural, a fonte de luz diurna considerada é a abóboda celeste.
  • O entorno se comporta como fonte de luz.
  • Um dos requisitos básicos de desenho é garantir uma mesma quantidade e qualidade de iluminação para o sistema artificial e natural.
  • Os elementos interiores de controle de luz devem ser de material translúcido ou de cores claras de alta difusão. A luz que entra pela parte superior da janela é a que proporciona melhor iluminação do ponto de vista da uniformidade e da distribuição.

Iluminação zenital: oferece maior uniformidade e iluminação média sobre a área de trabalho. Tem custo inicial mais alto e maior dificuldade de limpeza e localização dos elementos de controle, proteção solar e ventilação. A entrada do sol deve ser evitada nos climas quente-úmido e nas estações quentes dos climas compostos por estações frias. Se o Pé Direito for grande e com ventilação cruzada ao nível inferior da cobertura, não serão necessário utilizar fatores de sombra.

  1. Tipo shed: com orientação sul fornecerá iluminação unilateral difusa, evitando o ofuscamento. Fornecem uma iluminação em torno de ¾ do valor obtido com uma mesma superfície iluminante localizada continuamente sobre a cobertura horizontal.
  2. Tipo lanternim: com superfícies iluminantes verticais necessita de menor manutenção.
  3. Cobertura de inclinação dupla com superfícies iluminantes: possui quase a mesma eficiência de uma horizontal com superfícies iluminantes.

 A iluminação lateral é adequada para zonas próximas às janelas.

Desenho de janelas- requisitos gerais:

  • Recomenda-se que as áreas iluminantes sejam contíguas e se estendam até o forro
  • A localização da borda superior das janelas sejam próximas ao forro, pois incrementa a superfície refletora e diminui as áreas escuras.
  • A uniformidade da iluminação melhora quando a borda superior da janela está situada a uma altura igual a metade da profundidade do local onde ela está.
  • Os peitoris envidraçados inferiores ao plano de trabalho não contribuem para a iluminação do local.
  • Um local com grandes janelas dependerá da luz incidente para sua iluminação.
  • Local com janelas de tamanho moderado, cujas superfícies interiores tenham alto fator de reflexão terá combinação adequada de luz direta e indireta.
  • O ideal é a iluminação artificial suplementar permanente – IASPI (integração entre luz natural e artificial)

 IASPI: obedece a 2 requisitos fundamentais:

  • O nível de iluminamento necessário e exigido pela função em questão
  • Há relação de luminância entre a parte do local iluminado com a luz natural e artificial.

A iluminação suplementar deve ter um nível suficientemente alto para estabelecer um equilíbrio de adaptação entre as partes mais iluminadas do ambiente perto da janela e as artificialmente iluminadas nas partes mais distantes daquela.

 Uso de Quebra sol

  • Quebra sol horizontal: fachada norte-Sul
  • Quebra sol vertical: fachada leste-oeste

 

Bons estudos!